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No mundo nada se cria,...

Se por um lado isso é bom, por outro, gera uma crise de idéias que parece ser preocupante

Eis um ditado dos tempos da vovó ? ?No mundo nada se cria, tudo se copia?. Pensando nisso, é fácil adequar esse dito popular ao cotidiano de uma cidade como Canoinhas, por exemplo. Vejam só: por quantas febres e manias a cidade já passou nos últimos anos? Muitas, diriam os mais atentos. E foram mesmo. Lembram da febre das lojinhas de R$ 1,99? Foram muitas que surgiram, se multiplicaram feito formigueiros. Hoje, com uma receita que não agrada tanto seus proprietários, como há poucos anos, as R$ 1,99 ainda são opções em meio ao emaranhado de grifes e pseudo-grifes que ocupam as lojas ditas tradicionais. Lembram das vans de cachorro quente? Foram muitas, não? Hoje, depois das inúmeras lanchonetes e restaurantes populares elas não são muitas, mas ainda resistem ao tempo e ao comércio popular de fast-foods, comida por quilo e bufets ou,... palavrinha mágica: baratas! Isso mesmo! A invasão do momento é a dos restaurantes populares, onde a palavra de ordem é economia. O melhor: economia no bolso do freguês. Começou com um, dois, três,... e agora já são pelo menos oito os restaurantes populares. Longas, pintadas em cores gritantes e letras garrafais, são as faixas que chamam a atenção do freguês menos atento. Se por um lado isso é bom, fortalece a economia, gira capital, favorece o consumidor, por outro, gera uma crise de idéias que parece ser preocupante. Estaria o comércio canoinhense passando por uma séria crise de criatividade? Ou estaríamos vivendo num interminável ciclo de idéias coletivas?

O que assusta é o fato irremediável de que se todos os restaurantes populares, por exemplo, vão bem, agora, ótimo! Mas e quando começarem a não dar certo? Quando o consumidor se enjoar das refeições populares? Como é que vai ser? Uma verdadeira avalanche de derrocadas comerciais que deixarão o comércio canoinhense decaído, como perdas significativas?

Eis algo a se pensar e se procurar alternativas. Às vezes o excesso pode trazer benefícios, especificamente nesse caso, quando uma refeição barata facilita a vida de quem trabalha no centro e mora em bairros distantes, por exemplo. Mas, por outro lado, pode ser fatal quando a crise de um gera a crise de outro e quanto mais baixo o preço maior a derrocada. Sem pessimismo, torcemos pelo comércio local em todos os seus segmentos, mas, às vezes, uma febre mercadológica precisa ser repensada antes de se embarcar nela, já que o risco de seguir um caminho já trilhado pode ser muito maior que a dúvida do pioneirismo.

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