
Funarte em São Paulo sedia segunda edição da Feira Palestina

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Funarte em São Paulo sedia segunda edição da Feira Palestina (Fotos: Agência Brasil)
"Conheça a Palestina por sua própria cultura, não por eles!" é o tema da segunda edição da Feira Palestina que será realizada domingo (29) em São Paulo. Desta vez, o evento será no complexo da Fundação Nacional de Artes (Funarte), no bairro Campos Elíseos, zona central da cidade.
O público terá a oportunidade de conhecer mais sobre o país do Oriente Médio, retratado nos últimos anos pela ótica da guerra com Israel, que já matou milhares de palestinos. Realizada em parceria com o Centro de Direitos Humanos e Cidadania do Imigrante (Cdhic), a feira tem o apoio da Rede Sem Fronteiras, de defesa de imigrantes e refugiados, e da Federação das Associações Muçulmanas do Brasil (Fambras).
Os visitantes terão acesso a oficinas de expressões artísticas típicas da Palestina, como o tatreez, bordado que reflete a multiplicidade cultural dos povos do país, como os muçulmanos, judeus, cristãos, sikhs, hindus e outros grupos minoritários. As tramas do bordado são impregnadas de simbolismo que marca a história palestina, com todas as suas nuances políticas. A aula será dada por Rahaf Hussin.
A programação terá ainda uma apresentação e duas oficinas de dabke, uma pela manhã, com Kaamilah Murad, e outra à tarde, com o grupo Dabke Flux, e uma atração musical ao vivo, de Numan Mustafa. Dabke é uma dança folclórica do Levante, especialmente popular na Palestina, no Líbano, na Síria e Jordânia, de cadência feita por batidas fortes no chão. A dança é até hoje tradicional em casamentos, festivais e eventos comunitários e uma das manifestações de resistência do povo palestino.
Além da dabke, a jovem Dalia Ahmed vai ministrar uma oficina de henna. As inscrições para as oficinas, todas com preços populares, já estão abertas, com formulário online. O público poderá ainda experimentar pratos típicos da gastronomia palestina e comprar itens como peças de artesanato, acessórios, roupas e perfumes.
Idealizador da feira, o professor palestino Rafat Alnajjar, que vive há três anos no Brasil e enfrenta um momento de luto por parentes e amigos mortos na Faixa de Gaza, comenta que o número de visitantes da primeira edição foi maior do que o esperado.
"Nos surpreendemos com a quantidade de pessoas que se interessaram. Deu certo. Então, pensei em fazer a segunda e surgiu como parceiro o Cdhic", disse à Agência Brasil.
Segundo Alnajjar, o resultado satisfatório da primeira feira estimulou a organização a buscar um espaço mais amplo, no caso a Funarte, e a aprimorar as atividades, a fim de comportar um público maior.
"Estamos esperando muito mais gente. Vai ter também uma área de crianças para elas pintarem e brincarem", disse o professor palestino.
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