Nascido em Salvaterra, na comunidade quilombola de Salvá, Damasceno passou a infância no meio de colocadores (organizadores) de boi-bumbá, atividade desenvolvida pelo pai nas tradições juninas do arquipélago marajoara.

Em busca de melhores condições de vida, ele foi trabalhar na construção civil, em Belém, onde sofreu um acidente de trabalho e perdeu a visão. O fato conduziu o artista à vocação que o tornaria um dos maiores nomes da cultura nortista, a de cantor e compositor de músicas regionais como o carimbó, o lundu e o brega.

Mestre Damasceno participou de vários conjuntos musicais, até fundar, em 2013, o Conjunto de Carimbó Nativos Marajoara, que permanece ativo até os dias de hoje. Movimentou a cena cultural do Norte do Brasil com a realização de cortejos e festivais.

Rio de Janeiro (RJ), 20/05/2025 Mestre Damasceno recebe a Ordem do Mérito Cultural, no Palácio Gustavo Capanema - Fernando Frazão/Agência Brasil

Foi homenageado pela escola de samba Paraíso do Tuiuti, recebeu a Comenda Eneida de Moraes, concedida pelo Departamento de Patrimônio Histórico Artístico e Cultural do Estado do Pará, foi homenageado na Feira Pan-Amazônica do Livro e condecorado com a Ordem do Mérito Cultural.

O velório ocorre em Belém no Hall do Museu do estado do Pará, na Cidade Velha. Em Salvaterra, a despedida será a partir de 12h, desta quarta-feira (27), na Câmara Municipal da cidade e o sepultamento será no dia 28, no Cemitério Municipal São Pedro.

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