Com mais de 400 atividades gratuitas espalhadas em diversas áreas da cidade de São Paulo, marcando a chegada do mês das crianças, começa a 1ª edição da Viradinha Cultural neste fim de semana. Espaços como teatros, museus e bibliotecas serão usados para receber os eventos destinados ao público infantil, neste sábado (4) e domingo (5).

A programação conta com teatro infantil, dança, música, contação de histórias, intervenções artísticas e grandes espetáculos. Unidades do Sesc São Paulo, em diversos pontos da capital paulista, também receberão várias atividades.

A Viradinha reforça o papel da cultura como espaço de encontro, formação e celebração da infância. Queremos oferecer às famílias experiências diversas e de qualidade, em todos os cantos da cidade, afirma Totó Parente, secretário municipal de Cultura e Economia Criativa, responsável pela organização do evento.

Duas atividades destacam-se hoje. O espetáculo As Luvas de Shakespeare, da companhia Vagalum-tum-tum, propõe uma adaptação das clássicas obras do escritor para a infância. Já Os Mequetrefe, do grupo Parlapatões, explora o humor e a poesia com quatro palhaços, chamados Dias, que vivem situações malucas em apenas um dia.

No domingo (5), o grupo XPTO, apresenta o espetáculo As pedras de Xavier. O grupo atua na pesquisa de várias linguagens artísticas, como teatro de animação e físico, música ao vivo e performance. Outro espetáculo que chama a atenção é Pipo e Fifi, da companhia de teatro de bonecos Cia Trucks. A peça aborda os sentimentos afetivos e ensina aos pequenos como proteger seus corpos.

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Pesquisa

Uma pesquisa conduzida pela DataFolha e pelo Observatório Fundação Itaú, publicada em fevereiro deste ano, mostra que 35% dos brasileiros são impedidos de frequentar atividades culturais presencialmente por dificuldades financeiras.

O acesso à cultura para crianças não está ligado somente à gratuidade de um evento. Outros fatores precisam ser considerados para que haja democratização do setor. A assistente da Gerência de Ação Cultural do Sesc São Paulo, Natália Martins, aponta que a Viradinha é uma grande oportunidade para a inclusão.

A gente sabe que, para as escolas periféricas, o deslocamento é um pouco mais difícil e, na Viradinha, a gente tem grande chance, porque toda a programação é gratuita. Os espetáculos que acontecem no teatro, por exemplo, geralmente têm uma cobrança de R$ 40. Eles vão ser gratuitos e a distribuição dos ingressos começa hoje. [Apesar] desse dinheiro gasto com o transporte, temos a possibilidade de que as pessoas entrem no espaço e consigam ter uma experiência mágica, destacou Natália.

*Estagiário sob supervisão de Eduardo Luiz Correia

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