Carreta é retirada do Rio Tocantins dez meses após colapso da Ponte JK

Por Gabriel Corrêa Repórter da Rádio Nacional

Carreta é retirada do Rio Tocantins dez meses após colapso da Ponte JK

Quase dez meses depois do desabamento da Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, na divisa entre Maranhão e Tocantins, a carreta de ácido sulfúrico envolvida no incidente foi retirada do Rio Tocantins na última segunda-feira (20).

O veículo foi um dos sete que caíram quando a ponte, que ligava as cidades de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA), colapsou, em dezembro do ano passadoAo todo, 14 pessoas morreram e três não foram encontradas.

A operação para trazer a carreta à superfície começou no sábado (18), por meio de um processo de reflutuação, com apoio de dez mergulhadores e o uso de balões com capacidade para aguentar até cinco toneladas. Mas, somente nesta segunda, a equipe conseguiu içar o veículo para fora do rio.

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) retirou também a parte da frente do caminhão, além de três recipientes de agrotóxicos. A operação de retirada precisou de geradores, lancha, balsa de apoio, guindaste e escavadeira.

Entre os veículos que caíram no Rio Tocantins no ano passado, três deles transportavam 76 toneladas de ácido sulfúrico e 22 mil litros de agrotóxicos.

Uma carreta completa, uma caminhonete e duas motocicletas ainda permanecem submersas no leito do rio, e será necessário um trabalho de dragagem para retirar esses veículos. Todos os veículos recuperados irão para a Polícia Rodoviária Federal (PRF), para que sejam realizados os procedimentos legais.

De acordo com nota conjunta da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), as análises da água não indicaram alterações no Rio Tocantins. Segundo a nota, a quantidade de líquido do rio diluiu o ácido sulfúrico. Os órgãos também não identificaram impactos negativos aos animais da região.

Uma nova ponte no local está sendo finalizada. Mais de 75% dos serviços já foram executados, e a previsão de entrega é até o fim deste ano.