Eu sei o sacrifício que essa balsa causava a todo mundo. Mas seria injusto da minha parte fazer apenas críticas à balsa e não reconhecer que, graças a Deus, tinha uma balsa para atravessar as pessoas quando o Estado não cumpria com a sua função. A balsa existia porque o Estado não cumpria com a sua obrigação de garantir ao povo o direito de ir e vir, disse Lula.
Para o governo, a nova estrutura representa um marco para a logística e o desenvolvimento socioeconômico do Norte do país. Além de trazer mais segurança à população, a nova estrutura vai fortalecer o corredor de transporte da BR-153 e facilitar o escoamento da produção agropecuária e industrial da região, diz comunicado sobre a obra.
Ao todo, a infraestrutura recebeu investimentos de R$ 232,3 milhões, sendo R$ 28,8 milhões do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal.
A ponte também contará com um sistema de iluminação pública em sua segunda fase de implantação, sob responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Essa etapa já está em planejamento e a licitação está prevista para o primeiro semestre de 2026.
Acompanhe a cobertura completa da EBC na COP30
Críticas à COP
Lula também comentou a declaração do primeiro-ministro da Alemanha, Friedrich Merz, que, após participar da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), em Belém (PA), disse que Alemanha é um dos países mais bonitos do mundo e que os jornalistas alemães que o acompanharam ficaram felizes por deixar a capital paraense.
O primeiro ministro da Alemanha se queixou: eu fui no Pará, mas eu voltei logo porque eu gosto mesmo é de Berlim. Ele, na verdade, devia ter ido num boteco no Pará, deveria ter dançado no Pará, deveria ter provado a culinária do Pará. Porque ele ia perceber que Berlim não oferece para ele 10% da qualidade que oferece o estado do Pará, a cidade de Belém, disse Lula.
E eu falava toda hora: come a maniçoba, pô, acrescentou o presidente em referência ao prato típico da culinária paraense feito a partir das folhas da mandioca.
Ao lado do governador do Pará, Helder Barbalho, presente na inauguração da ponte, Lula falou ainda sobre a decisão de levar a conferência sobre o clima para o estado amazônico e sobre as críticas dos preços dos serviços em Belém durante o evento.
Tinha muita gente que não queria, [falavam] vocês são loucos, tem que fazer no Rio de Janeiro, em São Paulo, por que levar a COP para o meio do mato? Por que levar a COP para o Pará? Lá tem muito mosquito, não tem estrutura, não tem hotel, a diária é cara, os caras estão cobrando muito caro uma água. Mas nunca reclamaram da água que eles pagam quando vão no aeroporto internacional, argumentou Lula.
O Pará saiu do anonimato nesse país. Qualquer parte do mundo sabe, hoje, que existe o estado do Pará, que existe uma cidade de Belém, que é pobre, mas tem um povo generoso como em pouca parte do mundo, disse o presidente.