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Agricultores da região começam a usar tecnologia — desde o monitoramento remoto até ferramentas de gestão — para melhorar produtividade e sustentabilidade. (Fotos: Foto: wirestock)
Agricultores da região começam a usar tecnologia — desde o monitoramento remoto até ferramentas de gestão — para melhorar produtividade e sustentabilidade.
A agricultura no Planalto Norte de Santa Catarina vive um período de mudanças. Se antes a rotina era quase totalmente manual, hoje começam a aparecer iniciativas de digitalização no campo, especialmente em propriedades familiares voltadas ao tabaco, grãos, leite e hortaliças. A tecnologia, antes vista como algo distante, já começa a fazer parte do dia a dia rural.
Exemplos de inovação na região
O Hub de Inovação de Canoinhas reúne esforços de instituições de pesquisa e órgãos públicos para levar soluções modernas à agricultura familiar, com destaque para gestão de propriedades, melhoria da produtividade e adoção de práticas sustentáveis.
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Outro exemplo é o uso de drones e satélites para monitoramento de pastagens, que já está sendo aplicado em projetos-piloto no estado. A tecnologia permite prever a altura da pastagem e estimar a biomassa, ajudando produtores a planejar o pastejo e reduzir desperdícios.
Além disso, o programa Giro da Safra, coordenado pela Epagri, tem levantado dados mais precisos sobre área plantada e produtividade de culturas como a soja no Planalto Norte. Essa informação técnica auxilia no planejamento das famílias e das cooperativas da região.
Onde a tecnologia faz diferença
Gestão: aplicativos de celular ajudam a controlar custos de produção, registrar insumos e acompanhar receitas da propriedade.
Previsão do tempo: ferramentas digitais permitem planejar plantio, pulverização e colheita com maior segurança.
Comercialização: mesmo em escala menor, muitos agricultores já usam redes sociais e aplicativos de mensagem para divulgar e vender produtos diretamente aos consumidores.
Barreiras que ainda existem
A digitalização ainda enfrenta desafios importantes no interior:
O custo elevado de máquinas modernas, que nem sempre cabe no orçamento de pequenas propriedades;
Falta de conectividade em comunidades mais afastadas, que limita o uso pleno de aplicativos e sistemas digitais;
A necessidade de capacitação técnica para que agricultores utilizem corretamente os recursos disponíveis.
A digitalização das lavouras já chegou ao Planalto Norte catarinense, ainda que em ritmo gradual. Drones, monitoramento remoto e aplicativos de gestão são exemplos de inovações que começam a transformar a realidade de agricultores locais. Para que essa mudança avance, será fundamental ampliar o acesso à internet rural, reduzir os custos de equipamentos e investir em capacitação — garantindo que a tecnologia seja uma aliada efetiva para a agricultura familiar.
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