Durante a Copa do Mundo, a compra do produto deve subir 100%; cultivar também permite tempo hábil para safrinha de feijão

Jogos da Copa do Mundo em plena época de festa junina: uma combinação que deve aumentar o consumo de pipoca neste ano. A pipoca está entre os alimentos mais consumidos por espectadores de programações esportivas. Durante a Copa do Mundo, a compra do produto deve subir em quase 100%.

Pensando nisso, o agricultor Marciel Lech, popularmente conhecido como Preto, em Irineópolis, apostou no cultivo de seis hectares de pipoca. “Sempre estamos procurando novas culturas no mercado e buscando informações quanto ao cultivo de novas alternativas. Tivemos informações sobre a comercialização da pipoca, analisando especialmente a Copa do Mundo, na qual o consumo será bem maior”, explica o produtor que também tem uma empresa de consultoria agrícola.
Lech afirma que, como é seu primeiro ano no plantio de milho de pipoca, apostou no cultivo de mais ou menos seis hectares, de onde foi possível colher, aproximadamente, 70 quilos por hectare.
 
VANTAGENS 
Lech comenta que, além de possibilitar ao produtor tempo hábil para a safrinha de feijão, o preço do produto é melhor que do milho e isso chama a atenção dos produtores. “A produção é boa e essas vantagens já abrem um espaço para se pensar em investir no cultivo, futuramente, e continuar plantando”, destaca comentando também que a garantia de compra é certa e a demanda pelo produto é grande.
Em relação com o milho, a produção de milho de pipoca é menor, mas, segundo o produtor, o preço é melhor e isso chama atenção, que permite que o valor de lucro seja igualitário ao do milho. “Contudo, a opção de poder fazer outra safra é o mais interessante detalhe.”
Quanto ao manejo, Lech conta que aplicou o mesmo trato do milho. Por isso, pode ser considerada uma boa alternativa para os produtores de Irineópolis que já estão habituados com o plantio de milho. “Fizemos o mesmo espaçamento do milho e o mesmo número de plantas por hectare. Os tratos culturais são iguais, mas optamos por fazer algumas aplicações de fungicidas a mais”, explica. A semente é hibrida e vem da Argentina. “Tivemos uma formação muito boa do grão. Acredito que essa será uma boa alternativa, pois a colheita é mecanizada, o que torna o serviço muito mais tranquilo por não exigir mão de obra, como a cebola, por exemplo. É uma ideia nova em que arriscamos e está dando certo.”