Região se une para enfrentar crise produtiva no campo

Gracieli Polak

BELA VISTA/ TRÊS BARRAS -

 

Os municípios do Planalto Norte que enfrentam perdas agrícolas por causa da estiagem pretendem se unir para uma tomada de decisões em conjunto na próxima semana. Com perdas que atingem grande parte da cadeia econômica agrícola, a situação é preocupante para algumas culturas. O secretário da agricultura de Três Barras, João Mateus Barboza afirma que o relatório de perdas do município ainda está sendo elaborado com as entidades que prestam assistência técnica, mas que atitudes já estão sendo tomadas para que as perdas sejam amenizadas. Na terça-feira, segundo ele, em reunião com Defesa Civil do município, a situação foi debatida e as visitas às propriedades para avaliação de danos seguem até que os relatórios sejam concluídos.

Barboza revela que, nos relatórios preliminares, foram constatadas perdas superiores a 60% para as lavouras de feijão, 10% para a soja e 30% para o milho. ?A situação do feijão no município é muito preocupante, porque a estiagem provocou perda muito superior ao aceitável. Estamos batalhando para amenizar a situação?, afirma.

Em Bela Vista do Toldo, mesmo com as chuvas recentes, a situação não foi amenizada. As perdas intensas são irreversíveis e agora a batalha é para garantir segurança para o agricultor que investiu na lavoura. Segundo o secretário da agricultura, Eloy Poloniski, a situação de emergência já está decretada, mas o município vai se reunir com outras cidades da região para tomada de medidas conjuntas que possam prestar maior assistência aos atingidos diretamente pelo fenômeno.

 

MENOS DINHEIRO

O fumo, responsável por grande parte da renda da agricultura familiar teve perda de 20%, estimada pela Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) e o Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola de Santa Catarina (CEPA), o que representa aproximadamente R$ 50 milhões a menos na economia dos municípios do Planalto Norte. O levantamento, realizado nas cidades de Canoinhas, Campo Alegre, Bela Vista do Toldo, Três Barras, Irineópolis, Itaiópolis, Mafra, Major Vieira, Monte Castelo, Papanduva e Porto União, leva em conta a área plantada, a estimativa de produção em condições normais, a perda da produção e o valor que representa na economia da região. O milho, que ocupa cerca de 62.200 hectares na região representa o maior prejuízo econômico: R$ 63.552,28,00. No acumulado de todas as culturas, R$ 171, 324. 890,00.