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FIESC

Produção industrial catarinense recua 0,7% em novembro

Desempenho reflete desafios enfrentados ao longo de 2023 em segmentos importantes, como confecção e produtos de madeira e metal. Setores automotivo e de papel e celulose ensaiam recuperação

 A produção industrial catarinense medida em novembro de 2023 segue refletindo os desafios enfrentados por setores representativos para a economia do estado. O resultado de novembro apresentou um recuo de 0,7% na produção total da indústria catarinense em relação a outubro, na série livre de efeitos sazonais. Esse é o terceiro recuo consecutivo na análise mensal da produção industrial do estado.

O desempenho em novembro de 2023 foi afetado por setores como confecção, madeira e móveis. “Esses segmentos sofreram com instabilidades tanto no cenário doméstico quanto internacional, devido à desaceleração da economia e menor demanda na indústria de transformação no estado”, destaca o presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), Mario Cezar de Aguiar. 

Dados do Observatório da FIESC apontam, no entanto, que na comparação com novembro de 2022, a indústria catarinense cresceu 2,2%, enquanto a produção industrial brasileira avançou 1,3% no período. No acumulado do ano, houve recuo de 1,7% em SC. 

Recuperação

A indústria automotiva foi o segmento que mais cresceu em novembro de 2023 em comparação com outubro do ano passado. O aumento de 2,8%, estimulado especialmente pela fabricação de cabines, carrocerias e reboques, ensaia uma recuperação das perdas registradas no 1º semestre do ano passado. Essa atividade liderou a geração de empregos formais da indústria de transformação catarinense, motivada pelas vendas para países da América do Sul.

A indústria de celulose e papel cresceu 2,7% em novembro em relação a outubro, impulsionada pela demanda por embalagens de papel e produtos para uso doméstico e higiênico, sobretudo nas Regiões Sul e Sudeste do país.

Os resultados do setor de têxtil também contribuíram para amenizar o desempenho negativo na produção industrial catarinense no período analisado. O crescimento de 1,5% ante outubro foi incentivado, sobretudo, pela atividade de tecelagem de fios de fibras artificiais.

Na metalurgia, a produção alcançou incremento de 0,8% na comparação mensal. Segundo a economista do Observatório FIESC Camila Moraes, o aumento reflete a contratação de obras de infraestrutura no país, em especial em rodovias e na distribuição elétrica.

Desafios

O setor de confecção registrou a maior queda no mês analisado, de 3,7%. O segmento segue prejudicado pela pressão dos custos, que dificulta também a concorrência com os produtos chineses.

A indústria de produtos de metal teve recuo de 3,6%, devido à menor demanda interna dos itens catarinenses. Já a produção da indústria de madeira caiu 0,8% em novembro, dada a continuidade do cenário de restrição do setor imobiliário nos EUA, com reflexos negativos no resultado das exportações catarinenses do segmento em 2023.

A indústria de equipamentos elétricos apresentou queda de 2,3% no período, mas foi o setor que teve o segundo maior crescimento da indústria de Santa Catarina no acumulado do ano até novembro. O desempenho reflete o aumento das exportações de transformadores elétricos.


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