A Traço Cia. de Teatro, de Florianópolis, foi selecionada para circular o Brasil com o espetáculo Provisoriamente não cantaremos o amor
Na noite desta quarta-feira, 26 de abril, foi aberta a comemoração dos 25 anos do Palco Giratório e do Sonora Brasil, dois projetos do Sesc que rodam o país levando música, teatro, dança e circo para o público. A festa ocorreu no Sesc de Copacabana, no Rio de Janeiro, e marcou o início da circulação dos grupos por 24 estados e o Distrito Federal, com o anúncios dos selecionados.
O Palco Giratório é um projeto de difusão e intercâmbio das Artes Cênicas, que intensifica a formação de plateias a partir da circulação de espetáculos dos mais variados gêneros.
O Sonora Brasil desenvolve programações musicais com temáticas relacionadas à cultura brasileira, dentro de uma proposta de valorização, preservação e difusão do patrimônio cultural em seu amplo espectro.
O diretor-geral do Sesc, Jose Carlos Cirilo lembrou a força de programas culturais do Sesc. “Por todo o Brasil, são desenvolvidas programações e atividades que apresentam ao público de todas as idades a diversidade do universo cultural com suas múltiplas possibilidades. Nossa ação cultural estimula o debate e a reflexão sobre diferentes temas. É um poderoso instrumento de transformação social”. E os números são grandiosos. “Para vocês terem uma ideia, só em 2022, impactamos mais de 16 milhões de pessoas por meio da Cultura em todo o Brasil. Esse é o nosso fazer. É disso que nos orgulhamos”, finalizou.
Confira a cobertura do evento no site do Sesc Brasil.
Espetáculo catarinense no Palco Giratório
Durante o lançamento nacional, foram anunciados os 15 espetáculos selecionados para circular o Brasil pelo Palco Giratório. A programação mobilizará ao longo do ano 464 artistas, pesquisadores e produtores culturais, em uma circulação por 73 cidade, com 238 apresentações. Além as apresentações do circuito, o projeto promove oficinas e atividades formativas.
A Traço Cia. de Teatro, de Florianópolis, representa Santa Catarina na programação nacional, com o espetáculo “Provisoriamente não cantaremos o amor”. Criada em 2001, a Cia. investiga a Palhaçaria ocupando diferentes espaços de formação e criação. Desde 2011, desenvolve o projeto (A)Gentes do Riso, atuando em unidades hospitalares e na promoção de bem-estar. Desde 2014, é parceira da organização de colaboração internacional Pallasos en Rebeldía, atuando junto a povos em luta. A Traço já circulou por 18 estados brasileiros e levou seu trabalho a países como Portugal, Espanha, Itália, Cisjordânia, Colômbia e Costa Rica.
E tem grupo formado em Santa Catarina na programação nacional: o trio Myriam Mwewa, Marissol Mwaba e François Muleka. Eles se juntam em uma apresentação inédita, onde cantam e contam em linha do tempo, canções que marcaram os cruzamentos de suas histórias enquanto família congolesa no Brasil.
Mwewa, nascida na República Democrática do Congo, com seu amor pela música foi fonte de muitas referências para François e Marissol, que são hoje artistas com carreiras consistentes atravessadas por todas essas influências assim como pela músicas do contexto Brasil, país de nascimento dos dois. O repertório intercalado por falas convida o olhar à perspectiva de Congo-Brasilidade, à pluralidade de existências negras no Brasil hoje e ao quão enriquecedoras essas presenças são aos desenvolvimentos cultural e econômico do país.
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