Quatro pessoas que fizeram a diferença para o município, legado deles vai além de suas boas ações e boas ideias

Quatro pessoas que fizeram a diferença para Canoinhas. O legado deles está além de suas boas ações e boas ideias. O que essas pessoas fizeram foi deixar marcado na história da região do Planalto Norte Catarinense o orgulho de ser canoinhense. Confira na edição impressa dessa sexta-feira, 13, a história de dois empresários visionários que fizeram dos seus negócios a marca da Cidade: a Cerveja artesanal do Sr Loeffler e a erva mate do Sr Delby Machado, e duas pessoas generosas que oportunizaram a vida a milhares de pessoas: a parteira Irma Blosfeld e o maior doador de sangue do mundo, até o ano de 2017, Orestes Golanoviski.

As matérias foram publicadas originalmente em versões anteriores do jornal, compiladas na versão impressa dessa sexta-feira, 13. Confira nas bancas!

Tia Irma, mãe de todos
Pelas mãos de Irma Augusta Blosfeld, mais de mil bebês vieram ao mundo; além das novas vidas, parteira de Canoinhas fez nascerem mães
Foram 30 anos dedicados ao ofício e mais de mil bebês que passaram pelas suas mãos. O número exato, ela não sabe dizer. "Eu devia ter contado, né", constata. Mas não era com números que ela se preocupava - em sua rotina, lidava com vidas.

Gênio ou louco?
Orestes Golanovski foi um homem de hábitos simples, mas de ideias ambiciosas. A Adosarec, fundada em 1990, é hoje respeitada no Brasil inteiro. Serviu de pauta para grandes jornais como O Estado de S. Paulo e O Globo e conseguiu a façanha de colocar Canoinhas, por três vezes, em matérias do Jornal Nacional, da Rede Globo. Orestes doou sangue 186 vezes. Conseguiu a façanha de doar por quatro vezes em um só dia. "Duas pessoas se esfaquearam no interior e o dr. Haroldo (Ferreira) me chamou para doar sangue para os dois. Quando estavam recuperados apelei aos dois que saíssem amigos do hospital, já que tinham o mesmo sangue, o meu sangue. Os dois me ouviram e fizeram as pazes antes de sair do hospital", conta.

O segredo da vida longa e saudável
Existem muitos exemplos de vida em Canoinhas. RupprechtLoeffler, não é novidade para ninguém, é um desses exemplos. Aos 88 anos, trabalhando diariamente, sem ligar para os problemas e bebendo dois litros de cerveja por dia, Loeffler esbanja saúde. "Apenas minha coluna que não ajuda, mas no mais estou muito bem. Meu médico se espantou na última consulta. Perguntou o que faço para manter a saúde, disse a ele que tomava um litro de cerveja por dia e ele me disse que eu devia tomar dois litros por dia.", conta Loeffler, entre risos. Otto, pai de Loeffler, trouxe a família de Corupá-SC, para Canoinhas. Vendeu uma cervejaria que tinha na terra da banana, para comprar a cervejaria, em Canoinhas, de Luis Kassemoder, que por sua vez havia comprado o comércio de Pedro Werner e Roberto Backman. Pasmem, a cervejaria que vocês estão acostumados a ver na rua 3 de Maio, está lá há 97 anos. Inaugurada em 1908 pelos sócios Werner e Backman, a cervejaria passou para as mãos de Kassemoder logo depois da Guerra do Contestado, em 1914. Por quatro anos, de 1910 a 1914, a cervejaria ficou fechada. Kassemoder vendeu a cervejaria para Otto em 1924. No entanto, desde 1908, o comércio permanece praticamente intacto. "Construí somente a casa onde moro, ao lado da cervejaria", explica Loeffler.

"Onde tem conforto, não tem progresso"
Falando como um legítimo empreendedor, Delby Machado, 66 anos, recorda histórias do interior de Canoinhas e relembra a trajetória da erva-mate na região
A trajetória da erva-mate, maior riqueza da região, nos primórdios da colonização, se confunde com a da família Machado. O avô de Delby Machado desembarcou com a família, por essas terras, no início do século e soube fazer bom uso da abundância colossal de erva-mate que se perdia no horizonte para quem ousasse tentar mensurá-las.
A herança empreendedora do avô prosseguiu por gerações, passando pelo pai de Delby, Dodany, até os filhos de Delby. Seus dois irmãos, também trabalham com erva-mate. Um no Rio d'Areia e outro em Bonetes.