Confira como estava antes e como fica a situação dos principais partidos do Estado com a manutenção da verticalização:
CANOINHAS ? A manutenção da verticalização, caso não seja derrubada pela pressão da maioria da classe política, vai provocar mudanças drásticas nos planos da maioria dos partidos catarinenses. A começar pelo próprio PMDB, que se destaca nas pesquisas, mas que pode ser prejudicado pela regra.
PMDB
Não é novidade para ninguém que Luiz Henrique é candidato a reeleição. Ele deve deixar o governo nas mãos do vice Pinho Moreira (PSDB) no dia 9 de abril. Os apoios que o governador vinha sovando, no intuito de repetir a dobradinha com o PSDB, e conquistar o PFL, vão por água abaixo com a verticalização. Um entendimento entre PSDB e PMDB no cenário nacional está praticamente descartado, salvo no 2.º turno. Isso atingiria diretamente a relação entre LHS e Pinho Moreira, que deseja se manter na política.
Em relação ao PFL, a aliança parece cada vez mais impossível com as críticas ferinas do pré-candidato Raimundo Colombo a descentralização. Mas Colombo vai ter que engolir em seco uma possível articulação nacional, já que o PFL não deve lançar candidato a presidente.
O PT é o partido que mais se aproxima do PMDB em SC, mas no cenário nacional, dificilmente o PMDB abrirá mão de lançar candidatura própria para apoiar Lula. Resta assim, para LHS, os partidos nanicos.
PSDB
O casamento bem-sucedido entre PMDB e PSDB entra em crise justamente na fase decisiva. Com a verticalização, torna-se impossível acompanhar o PMDB no possível segundo mandato. Dessa forma, o PSDB se aproxima do PFL, ferrenho crítico de Lula, que não deve lançar candidato próprio no cenário nacional, apoiando, assim, o candidato peesedebista (seja Serra ou Alckmin). Sendo assim, Raimundo Colombo (PFL) e Leonel Pavan (PSDB) teriam que gastar muita saliva para chegar a um consenso. Em entrevista esse fim de semana, Colombo admitiu aliança com o PSDB e estar disposto ao diálogo.
PFL
Está cada vez mais próximo de uma aliança com o PSDB. Dificilmente apoiará a reeleição de LHS. Resta saber se vai à cabeça de chapa com Raimundo Colombo ou se contentará com o cargo de vice, privilegiando o senador Leonel Pavan.
PT
O PT já tem seu candidato próprio: José Fritch. Mas o ministro terá que abrir mão do cargo caso Lula ganhe o apoio do PMDB, o que é difícil mas não impossível. Do contrário, o PT deve lançar chapa pura ou com partidos nanicos.
PP
O PP está aberto a todos. Mas, por não centrar o foco acabará chupando o dedo. A posição confortável do pré-candidato Esperidião Amin nas pesquisas, no entanto, fazem o partido começar a articular coligações para o segundo turno. No cenário nacional, o PP não tem candidato. Dessa forma, a oficialização da candidatura de Amin (ou Hugo Biehl) dependerá do partido para o qual vai o apoio do PP nacional. O caso complica se o apoio for para o PSDB (ao que tudo indica). Dessa forma, numa suposta coligação PP-PSDB-PFL, teríamos três nomes de grande expressão disputando a cabeça de chapa ? Amin, Pavan e Colombo.
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