O deputado estadual Antídio Lunelli (MDB) falou nesta terça-feira na tribuna da Assembleia Legislativa sobre os cem dias do governo federal e estadual. Político de centro-direita, o parlamentar teme que os problemas ocasionados por décadas de má gestão, corrupção e promessas não cumpridas continuem impedindo o desenvolvimento do país.
“É preciso fomentar uma nova mentalidade em relação à administração pública, seja nos municípios, Estados, ou no governo federal”, pontuou. Em seu discurso, o deputado mostrou preocupação com a projeção de alta de apenas 0,9% do PIB brasileiro em 2023. Para os técnicos do Ministério da Fazenda, o ano de maior expansão deste mandato do PT será 2025, com PIB avançando cerca de 2,8%.
“Essas perspectivas só aumentam a tentação por medidas populistas, e elas custam caro, como nos mostra a história e como podemos comprovar em diversos países da América Latina”, comentou. Lunelli afirmou que é fundamental assegurar a estabilidade macroeconômica e a previsibilidade regulatória, para que indivíduos e empresas tenham um ambiente seguro para a tomada de decisões.
Já na esfera estadual, o deputado avalia que o governo anterior deixou um déficit nos cofres públicos e não soube aproveitar o bom momento da arrecadação para fazer projetos pelo desenvolvimento de SC. “Os hospitais estão sem nenhuma estrutura, a falta de saneamento virou manchete nacional, as escolas estaduais estão em péssimas condições, as estradas esburacadas e por aí vai e esse descaso aconteceu quando o cofre do Estado estava cheio”, disse. O deputado ainda lamentou o crescimento da folha de pagamento. “O pagamento da folha representava 8,65 bilhões de reais em 2019. Em 2022, passou para 19,36 bilhões de reais. Quer dizer, as despesas com pessoal mais que duplicaram no governo anterior. Uma irresponsabilidade que será paga por todos os catarinenses”, pontuou.
Esta situação, conforme Lunelli, fez com que o governador Jorginho Mello assumisse o Estado com a responsabilidade de colocar as contas em dia. O deputado ainda elogiou o mutirão de cirurgias eletivas. “O foco do setor público deve ser prestar serviços de excelência na saúde, educação e segurança. Além, claro, de ter infraestrutura adequada e de facilitar a vida de quem quer empreender e trabalhar”, defendeu.