Vereadores homenagearam três jovens que atuaram na ajuda às vítimas do terremoto
Edinei Wassoaski
CANOINHAS
Os soldados Sandro Ariel Dolla e Cristiano Moreira e o cabo William Vaz Muhlmann foram homenageados pela Câmara de Vereadores de Canoinhas em sessão solene na terça-feira, 23. Eles participaram da Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (Minustah, na sigla em francês). Os três estavam no país caribenho quando aconteceu o terremoto de 12 de janeiro que matou mais de 200 pessoas.
“Esses soldados marcaram o nome de Canoinhas ajudando outra nação, na busca por um mundo melhor, sem fronteiras, em busca da dignidade humana a um povo castigado pela tragédia. Sua razão de ser está além dos muros dos quartéis”, declarou o presidente da Câmara, Wilson Pereira (PMDB).
Prefeito Leoberto Weinert (PMDB) também discursou durante a homenagem. “Hoje homenageamos três ilustres jovens que ajudaram outra nação, dando alento. A eles, oferecemos ternura, amor e trabalho”, declarou.
Dolla e Moreira são canoinhenses e Muhlmann, apesar de ter nascido em São Paulo, veio para Canoinhas aos dois anos de idade.
Dos três, Dolla foi o único a atuar no auxílio às vítimas da tragédia. Moreira e Muhlmann trabalhavam na cozinha do alojamento dos soldados brasileiros em missão no Haiti.
Os soldados foram agraciados com a medalha Mérito do Contestado.
A MINUSTAH
A Minustah (sigla derivada do francês Mission des Nations Unies pour la Stabilisation en Haïti), é uma missão de paz criada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas em 30 de abril de 2004 por meio da resolução 1542, para restaurar a ordem no Haiti, após um período de insurgência e a deposição do presidente Jean-Bertrand Aristide.
A missão era chefiada pelo diplomata tunisiano Hédi Annabi, que faleceu no terremoto de 12 de janeiro. Os objetivos da missão são estabilizar o país, pacificar e desarmar grupos guerrilheiros e rebeldes, promover eleições livres e formar o desenvolvimento institucional e econômico do Haiti. A missão brasileira está no país desde junho de 2004 e a ONU renovou seu mandato por um ano em outubro de 2009. No início do mês, o Brasil enviou mais 1,3 mil soldados para ajudar na reconstrução do país. Dessa forma, são 2,6 mil soldados brasileiros no Haiti.
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