Seis siglas fecham primeira coligação para as eleições de outubro
: LuiCANOINHAS ? Uma jantar na noite de sábado, 15, na sede da Associação dos Servidores Públicos de Canoinhas (Asemca) selou a primeira coligação oficializada nessas eleições. Seis partidos participam da aliança que pretende lançar candidato na disputa majoritária (para prefeito) e um bloco que pode chegar a 50 candidatos a vereador.
A aliança é liderada pelo PT e tem os menores PCdoB, PSB, PTB, PRB e PV como membros. Não existe ainda um consenso em torno de um nome para a disputa majoritária, mas, a rigor, a aliança descarta a possibilidade de o PP coligar com o PT, já que os progressistas já têm um pré-candidato a prefeito, que é João Rosa Muller, segundo colocado nas eleições de 2004.
Nilson Sousa, presidente do PT municipal, lembra que a coligação visa fortalecer a oposição no município e revela uma nova filosofia dentro do partido, voltada para as parcerias. ?Não podemos sustentar a idéia de que somos auto-suficientes, de que não precisamos de ninguém para ganhar (a eleição)?, reflete Sousa.
Luiz Nascimento de Carvalho, presidente do PCdoB, declarou que ?é hora de renovação, não dá para deixar o poder nas mãos dos mesmos sempre?.
Luiz Martins, presidente do PSB, lembrou que ?enquanto pensarmos como partidos pequenos, seremos pequenos, mas quando pensarmos grande, seremos grandes?.
Ivete Salgadinho, presidente do PV, fez um discurso empolgado pela renovação na política.
Embora a reunião fosse apenas para as pessoas mais próximas da direção dos partidos, os que discursaram não pouparam críticas a atual administração. Em tom de discurso, Edson Luiz de Souza, o professor Edinho, que deve concorrer a uma vaga na Câmara de Três Barras pelo PT, demonstrou indignação quanto ao tratamento que a atual administração canoinhense dá às obras custeadas pelo Governo Federal. ?A população precisa saber que o melhor prefeito para Canoinhas é o Governo Lula?, alfinetou.
?COLIGAÇÃO É ATRAENTE?
Para o presidente e pré-candidato a prefeito pelo PP, João Rosa Muller, a coligação torna o PT, partido com o qual os progressistas vêm dialogando desde as eleições estaduais de 2006, ainda mais ?atraente?. ?Isso amplia nosso leque de opções, desde que não haja imposição de nomes, mas sim um diálogo aberto e embasado em pesquisas que apontem os nomes com maior densidade eleitoral, acho que (a coligação) vem para somar?, afirma.
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