Presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais foi à Câmara cobrar apoio dos vereadores

CANOINHAS ? O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, Mário Kriginski, ocupou a tribuna da Câmara dos Vereadores de Canoinhas na sessão de segunda-feira, 26, para protestar contra a defasagem salarial dos servidores. Segundo Kriginski, a defasagem chega a 50%. A situação, que foi amplamente discutida durante o governo Krautler, se agravou com a aprovação de aumento de salário para os assessores jurídicos da Prefeitura, no início do mês. O aumento, segundo Kriginski, foi de 110%. ?Enquanto isso os servidores não recebem horas extras, vale transporte e adicional de insalubridade?, protestou.

O vereador Vagner Trautwein (PSDB), que também presta serviço para o município como médico, apoiou o protesto e justificou seu voto a favor do aumento para o jurídico dizendo que só votou a favor porque o prefeito prometeu enviar projeto que instituía o plano de cargos e salários do funcionalismo público para a Câmara.

Em um discurso enfático, Trautwein acusou o prefeito Leoberto Weinert de não estar cumprindo o que prometeu em campanha. ?Nós somente apoiamos o prefeito porque constava em seu plano de governo o apoio ao funcionalismo público, a valorização do servidor, mas até agora não vimos nada disso?, declarou. E foi além, dizendo que está entrando com uma ação judicial contra a Prefeitura para cobrar adicional de insalubridade que não está sendo pago aos funcionários da Secretaria da Saúde.

O vereador Paulo Glinski (PFL), um dos dois vereadores a votar contra o aumento para os advogados da Prefeitura ? o outro voto partiu de Tarciso de Lima (PP) ? aconselhou os servidores a não ficar esperando por respostas por parte da administração municipal. ?Direito é direito. Se existe a sentença que determina que vocês têm direito à reposição salarial, que se execute a sentença. Se o prefeito acha que não pode pagar a reposição que explique isso para o juiz?.

Uma pequena platéia de servidores públicos assistiu à sessão.

 

OUTRO LADO

 

Weinert disse na quarta-feira, 28, que o problema está em encontrar uma empresa que elabore o plano de cargos e salários do funcionalismo público. ?As empresas que nos procuram querem vender o plano e diversos adicionais que não nos interessam?, justificou.

O prefeito prometeu, no entanto, que ainda esse ano o plano deve ser colocado e m prática e justificou a defasagem salarial do funcionalismo dizendo que 49% do orçamento da Prefeitura está comprometido com folha de pagamento. ?Se conceder 10% de aumento, ultrapassaremos os 53% que é o que recomenda a Lei de Responsabilidade Fiscal?.