Prefeito prova que os 50% dos recursos que seriam destinados pelo Estado para o início das obras do desvio da Mili ainda não foram depositados na conta da Prefeitura

TRÊS BARRAS ? O prefeito de Três Barras, Luiz Shimoguiri (PP), voltou a contestar informações fornecidas à imprensa pelo secretário do desenvolvimento regional, Bene Carvalho, com relação ao início das obras do desvio da SC ? 303, próximo à empresa Mili S.A.. Desta vez, Shimoguiri classificou como ?um equívoco?, o anúncio feito pelo secretário, na edição do dia 14 de setembro do jornal Diário do Planalto, na qual ele afirma que 50% dos recursos para a obra já haviam sido liberados e estavam na conta da Prefeitura de Três Barras.

            No mesmo dia em que foi publicada a matéria, Shimoguiri solicitou ao Banco Besc, agência 078, de Três Barras, um extrato da conta nº 7.651 ? 6, que foi aberta exclusivamente para o recebimento dos recursos do convênio firmado entre o município e a Secretaria de Estado da Infra-Estrutura. Para a surpresa do prefeito, o extrato retirado às 10h26min. apontava que a conta estava com saldo zero, provando assim, que não houve nenhuma transferência de verbas à Prefeitura. ?Antes mesmo de consultar o extrato eu já tinha convicção que essa liberação de 50% não existia. Afinal, como o Estado iria destinar os recursos antes mesmo da aprovação do projeto??, indagou o prefeito.

            Para Shimoguiri está faltando empenho do Governo do Estado para que sejam enfim iniciadas as obras. Segundo o prefeito, mesmo o município assumindo grande parte das despesas ? cerca de R$ 1,1 milhão ? fica evidente a falta de interesse do Estado, prejudicando assim, a expansão do parque industrial da empresa Mili e conseqüentemente, dificultando ainda mais a criação de novos postos de trabalho para as pessoas da região.

De acordo com o convênio assinado no dia 23 de agosto de 2005, que alterava o traçado do desvio da Rodovia SC-303 de 1,5 mil metros para 2.181,16 metros, o Governo do Estado ficaria responsável pela transferência de recursos de R$ 400 mil, a empresa Mili entraria com R$ 500 mil e a Prefeitura de Três Barras arcaria com R$ 1,1 milhão mais o valor aproximado de R$ 100 mil, referente ao pagamento dos terrenos que foram desapropriados. O valor estimado da obra gira em torno de R$ 2 milhões. ?O governo estadual poderia usar o bom senso, aplicando nesta obra um pouco do que vai arrecadar junto ao Governo Federal com relação às verbas destinada aos Estados referentes à contribuição dos impostos dos combustíveis. Somente em 2005, Santa Catarina deva receber R$ 80 milhões, valor este que deveria ser utilizado na melhoria das nossas rodovias?, afirma.