Ao levar a carteira de trabalho para ser registrada, no entanto, Elenita teve uma surpresa. Descobriu que não podia ser contratada porque, segundo o edital de abertura do processo seletivo, é exigido que o aprovado tenha pelo menos um ano de experiência com crianças. Elenita chegou a levar uma declaração assinada por sua ex-patroa, com quem trabalhou como diarista, mas de nada adiantou. Indignada, procurou a Câmara de Vereadores. O assunto foi pauta na primeira sessão do ano, na terça-feira, 2. “Se tinha de ter experiência no serviço público, então que deixassem claro que quem não tem experiência não deveria fazer o teste. Pessoas que vão trabalhar tiraram notas quatro e cinco. Que País é esse? Quem estudou foi preterido por quem já trabalhava no serviço público. Queremos todas as notas de todas as pessoas que prestaram o teste seletivo”, protestou Passos.

Ele requereu cópia do edital e relação dos contratados por meio do teste seletivo. “Só assim podemos elucidar essa fórmula mágica”, ironizou Paulo Glinski (DEM).

 

AJUSTES

 

O secretário de Administração, Argos Burgardt, admitiu que a organização do teste seletivo errou ao não exigir antes da aplicação da prova a carteira de trabalho dos participantes a fim de eliminar os que não tinham experiência comprovada. “Como vamos assegurar aos pais deixarem seus filhos com quem não tem experiência nenhuma com crianças?”, questiona e justifica.

Burgardt afirma que para os próximos testes seletivos que venham a ser feitos a exigência da experiência será cobrada antes da aplicação da prova para evitar problemas como o causado para Elenita.