Vilarejo não existe no mapa da cidade, mas pelo menos 17 famílias estão morando lá
Edinei Wassoaski
CANOINHAS
Moradores de um pequeno vilarejo informalmente chamada de “Serrajão”, próxima ao Loteamento Santa Cruz, no bairro Jardim Dona Amélia 2, vivem sérios problemas, a começar pela falta de infraestrutura de água e luz, além do acesso para automóveis, principalmente em casos de emergência.
Na segunda-feira, 11, vereador Beto Passos (PT) levou o problema para debate na Câmara Municipal. “Essas pessoas são humildes trabalhadores e precisam de dignidade naquele local, se precisar de ajuda do Corpo de Bombeiros, por exemplo, essas viaturas não conseguem chegar a suas casas”, comentou o vereador. A maioria dos moradores da localidade trabalha com coleta de lixo reciclável.
Passos teve o apoio de seu companheiro de partido, vereador João Grein, e de Wilson Pereira (PMDB). Eles fizeram indicação e requerimento para que o governo municipal busque uma forma de regularizar a situação dos imóveis, além de melhorias para as famílias que vivem no “Serrajão” (o local recebeu este nome porque anos atrás a empresa Lavrasul usava o local para depositar serragem).
Na terça-feira, 12, durante uma reunião na Câmara entre o prefeito Leoberto Weinert (PMDB) e os vereadores para tratar de várias matérias, Passos aproveitou e na presença de moradores da comunidade entregou ao prefeito as reivindicações. Weinert salientou que a área onde se localiza o “Serrajão” ainda pertence à Lavrasul. Ele disse que já tentou algumas vezes negociar, mas, a empresa não sinalizou positivamente.
A Câmara criou uma comissão para tentar resolver o impasse.
CN ALERTOU PARA SITUAÇÃO DO TERRENO
A situação delicada do vilarejo foi mostrada em agosto de 2006 em reportagem publicada pelo CN. Desde então, nenhuma ação efetiva foi tomada para melhorar a situação.
À época, Weinert disse à reportagem que se reuniria na mesma semana com a diretoria da Lavrasul para tentar resolver o impasse sobre a propriedade do terreno.
A ocupação desordenada da área começou há cerca de 23 anos. No auge da ocupação chegou a 40 barracos e casebres. O número diminuiu com a criação do loteamento Jardim Santa Cruz, em 1998, a poucos metros do terreno. A administração Orlando Krautler (PSDB), remanejou metade das famílias para o novo loteamento.
Hoje, 17 famílias vivem na pequena área de terra, caracterizada por um declive separado por um arroio. É esse arroio que fornece água para praticamente todo o povoado. Alguns têm a sorte de ter água encanada, mas são poucos.
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