A data já é celebrada nacionalmente e, através da lei do deputado Parisotto, foi instituído no calendário oficial de Santa Catarina
Em 2014, a história de João Victor Loch chamou a atenção de todo o Brasil. O menino catarinense, que na época tinha apenas quatro anos, lutava contra um câncer de fígado. Foram dois longos anos de tratamento até conhecer Tatiana Solanca. Com muita persistência e fé, ela precisou perder quase 30 quilos para então realizar o transplante de fígado e salvar a vida do pequeno João Victor.
Assim como João Victor, outras crianças diagnosticadas com câncer também tem a chance de cura da doença e estas chances aumentam com o diagnóstico precoce. De acordo com o Hospital Infantil Joana de Gusmão, de Florianópolis, com os medicamentos atuais, a sobrevida das crianças é de aproximadamente 75% em Santa Catarina. Em alguns tipos de leucemia, a sobrevida chega a 85%. Tal porcentagem é comparada aos melhores serviços nacionais e internacionais.
Visando estimular ações educativas e preventivas relacionadas ao câncer infantil, o deputado estadual Narcizo Parisotto (PSC) criou a lei 16.161/2013 que institui o "Dia Estadual de Combate ao Câncer Infantil no Estado de Santa Catarina", celebrado em 23 de novembro. Segundo Parisotto, "Santa Catarina precisa debater o câncer infantil, apoiar atividades organizadas e desenvolvidas pela sociedade civil em prol das crianças com câncer. É preciso também difundir os avanços e apontar quais os entraves que ainda existem no tratamento. Com esse objetivo a lei de minha autoria foi instituída em 2013", recorda Parisotto.
NÚMEROS
De acordo com o levantamento do Hospital Infantil Joana de Gusmão, considerado referência no tratamento de câncer infantil, aproximadamente 500 crianças/adolescentes foram diagnosticadas com neoplasias malignas primárias em Santa Catarina, entre os anos de 2009 e 2013. A Grande Florianópolis, Oeste catarinense e o Vale do Itajaí são as mesorregiões que tem o maior percentual de casos de crianças/adolescentes diagnosticadas com neoplasias malignas primárias em Santa Catarina.
De acordo com o Hospital Infantil Joana de Gusmão, a oncologia pediátrica vem melhorando em relação à assistência e retaguarda no tratamento oncológico pediátrico. Contudo, os medicamentos atualmente utilizados, apesar de essenciais, são antigos e por serem de baixo custo, muitos não estão sendo mais produzidos em larga escala, o que acarreta prejuízo no tratamento das crianças. Para reverter esta situação, são necessárias políticas públicas comprometidas com a qualidade e manutenção do tratamento adequado para as crianças. Novas drogas estão sendo estudadas e produzidas, algumas com perspectivas promissoras, porém de custo ainda inacessível para os padrões brasileiros.
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