Estudo compreendeu residências de duas ruas do bairro

CANOINHAS ? As acadêmicas da 7.ª fase do curso de Enfermagem da Universidade do Contestado (UnC), Noeli Hopfner, Eliane Szczerbowski Cardoso, Marina Nunes Guimarães e Mariléia Aparecida Sescatto Szczerbowski, orientadas pela professora Isabella Murara Vieira, realizaram no início desse ano, estudo sobre os problemas de saúde no bairro Campo d?Água Verde.

A pesquisa se concentrou nas ruas 99 e 100.

De acordo com as acadêmicas, que apresentaram os resultados do trabalho na semana passada em sessão da Câmara dos Vereadores, 63% das casas localizadas nas duas ruas, foram visitadas.

Entre os problemas elencados, as acadêmicas destacam as valetas a céu aberto, pelo alto risco que oferecem à saúde. Doenças como diarréia, hepatite, verminoses e muitas outras podem ser decorrentes dessas valetas.

Na prática, a teoria se aplica muito bem. Entre janeiro e abril desse ano, foram encontrados 80 casos de diarréia no bairro, apenas em crianças de zero a dois anos. Dez desses casos estavam na área de risco apontada pelas acadêmicas. ?É importante salientar o custo de um paciente com diarréia para a família e o município. A doença pode, inclusive, levar à morte?, advertem as acadêmicas.

No levantamento, as pesquisadoras apontam 148 casos de crianças de zero a dois anos com infecções respiratórias em todo o bairro, sendo que 22 desses casos estavam na área de risco.

No relatório resultante da pesquisa, as acadêmicas lembram que programas como Saúde da Família (PSF), desenvolvido pela Secretaria Municipal de Saúde, contribuem de forma decisiva para a melhoria desse quadro, mas advertem que algo mais precisa ser feito para melhorar as condições de saúde do bairro.

Os vereadores receberam o relatório com apreensão e se comprometeram a pedir que a Secretaria de Saúde intensifique o trabalho de prevenção no bairro.

 

PRINCIPAIS APONTAMENTOS DO ESTUDO:

  • Valetas a céu aberto
  • Lixo nas ruas
  • Necessidade de ações em saúde bucal
  • Ineficiência da atuação dos agentes comunitários de saúde
Alto número de animais soltos nas ruas