Aumento de casos da síndrome mão-pé-boca alerta para cuidados que evitem contágio
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(Fotos: Divulgação)
Canoinhas não registra surto, mas incidência aumentou recentemente; pediatra orienta para os cuidados preventivos
Canoinhas - Ela começa a mostrar sinais com febre alta a aparecimento de lesões na boca e na pele, em geral nas mãos e nos pés. É daí que vem o nome da síndrome que vem colocando em alerta os pais e profissionais de saúde atualmente. A síndrome mão-pé-boca é, na maioria dos casos, uma doença branda e benigna, mas altamente contagiosa. Algumas cidades brasileiras registraram surtos nas últimas semanas.
Causada pelo vírus Coxsackie, que habita o sistema digestivo, a enfermidade atinge principalmente crianças com menos de 5 anos, e pode ser transmitida pelo contato com fezes, saliva e ou outras secreções de pessoas contaminadas, assim como alimentos ou objetos contaminados. O quadro clássico ocorre com febre alta precedendo o aparecimento de lesões; surgimento de lesões na boca, faringe e amígdalas, caracterizadas por manchas avermelhadas que podem evoluir para úlceras dolorosas; e as lesões no formato de pequenas bolhas na pele, em geral na palma das mãos e região plantar dos pés, podendo ocorrer também na região das nádegas e genitais.
A síndrome mão-pé-boca não é uma nova doença, mas entrou em evidência com a ocorrência de pequenos surtos em escolas e creches, devido à facilidade de contágio. Algumas cidades do Paraná e de São Paulo, por exemplo, precisaram suspender as aulas depois de várias crianças apresentarem os sintomas.
A Secretaria Municipal de Saúde de Canoinhas informou que não há surto desta doença na cidade, mas reforça a importância dos cuidados a título de prevenção. Profissionais de saúde, no entanto, afirmam que observaram aumento dos casos na região e cidades vizinhas. "Por isso, estar atento e adotar medidas que evitem o contágio é essencial na prevenção", orienta o médico pediatra Luiz Henrique Ferraresi.
Cuidados
De acordo com o pediatra, a síndrome mão-pé-boca é uma doença que desaparece espontaneamente após alguns dias e que não possui um tratamento específico e nem vacinas, devendo ser tratada de forma sintomática, com antinflamatórios e antitérmicos. "Por ser uma doença que causa, geralmente, bastante dor e dificuldade de a criança deglutir, ela se mostra bastante chorosa. Recomenda-se estimular uma boa hidratação da criança com líquidos. Alimentos macios ou pastosos serão mais fáceis da criança ingerir", recomenda Ferraresi.
Ele explica que o vírus já pode ser transmitido mesmo antes de a criança apresentar os sinais da doença e continuar a ser excretado nas fezes do paciente por até quatro semanas após sua recuperação. "Portanto, manter bons hábitos de higiene no preparo de alimentos, a lavagem das mãos após o cuidado de crianças doentes, principalmente após o uso do banheiro, e evitar o compartilhamento de objetos, podem ajudar na não propagação do vírus", orienta o pediatra.
Durante o período de doença, a criança também deverá ficar afastada da escola ou creche.
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