Suspeitas não deverão ser confirmadas, mesmo positivas

Gracieli Polak

CANOINHAS
Demorou, mas chegou perto. Depois da confirmação de casos em Joinville e Jaraguá do Sul, a existência do vírus da gripe H1N1, a gripe suína, nova gripe ou Influenza A se tornou mais palpável na região. De acordo com informações da Gerência regional de Saúde de Canoinhas, há cinco casos suspeitos, mas não confirmados, na cidade. Segundo o órgão, por causa das determinações do Ministério da Saúde (MS), possivelmente estes casos ficarão sem confirmação. “Alguns dos casos suspeitos chegaram até nós quando o período de coleta da amostra para o exame já tinha se esgotado e outro, que estava no período certo para a realização do exame, não foi analisado por determinação da nova portaria lançada pelo MS”, explica a instituição.
Na sexta-feira, 3, o MS recomendou a todos os órgãos de saúde do País que os exames para confirmação do Influenza sejam realizados somente se o estado do paciente for considerado grave ou em casos de surtos localizados. Em casos leves, como a maioria dos registrados no território brasileiro, a recomendação é que haja acompanhamento, mas que não sejam feitos testes desnecessários. Segundo levantamento realizado pelo MS, mais de 75% das suspeitas de casos da nova gripe não se confirmou, por este motivo a recomendação é de cautela nos exames e na utilização de medicamentos voltados especificamente para o Influenza A, para que o vírus não apresente resistência à medicação disponível, esclarece a entidade.
VÍRUS VEM DE FORA
Embora haja a suspeita da presença do vírus em Canoinhas, a Gerência de Saúde afirma que não há motivo para desespero. Segundo a enfermeira Fábia Sagaz Dias, a letalidade do novo vírus é semelhante ao encontrado na gripe comum, por este motivo, medidas simples podem ser assimiladas para que não haja disseminação da doença. “É bom evitar aglomerados, viagens para locais onde há maior incidência da nova gripe e lavar as mãos com muita frequência. Se os sintomas forem graves, é bom procurar um médico e se manter afastado do contato com as pessoas durante o período e contaminação da doença, sete dias”, explica.