?Corpo clínico é reserva de mercado?, afirma diretor técnico do Centro Cirúrgico que teve operações realizadas por 11 médicos, de cinco especialidades diferentes, em 2013

 “Não deve existir isso de ‘corpo clínico’. Nossas portas estão abertas para os profissionais que quiserem utilizar a estrutura.” A afirmação é do diretor técnico do Hospital Félix da Costa Gomes, doutor Vagner Trautwein, sobre o Centro Cirúrgico do hospital tresbarrense.

Ele explica que o hospital, desde maio de 2013, passou a utilizar o Centro Cirúrgico para cirurgias eletivas, depois de conseguir um aparelho de videolaparoscopia, instrumental necessário e o aparelho de anestesia. São duas salas de cirurgia equipadas para operações com anestesia geral, uma sala para pequenas cirurgias e uma de recuperação anestésica.
Trautwein comenta que, nesse período, 11 médicos já operaram no Centro Cirúrgico: anestesistas, cirurgiões do aparelho digestivo, ginecologistas, urologistas e cirurgiões plásticos.
De maio a dezembro de 2013, 246 cirurgias foram realizadas no hospital. Dessas, 110 feitas por vídeo. Trautwein apresenta um relatório que mostra 51,2% do total de cirurgias eletivas feitas por convênios (Unimed, SC-Saúde e Mili), 31% pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e 17,8% de forma particular.
A maioria das operações foi a de colecistectomia, que é a retirada cirúrgica da vesícula biliar. Porém, o Centro Cirúrgico do hospital já comportou operações de câncer de pele, cardioplastias, de hérnias, hemorróidas e prótese de mama. “Tem alguns procedimentos por videolaparoscopia que são realizados rotineiramente apenas no nosso hospital, em todo o Planalto Norte, como a herniorrafia inguinal, cardiplastia e apendicectomia”, diz o médico.
Segundo o diretor técnico, o objetivo do Hospital é triplicar o número de cirurgias eletivas. “Não queremos fazer reserva de mercado. O médico que quiser operar aqui, ou o paciente que quiser ser operado por um médico específico, só precisa apresentar a documentação que prove a especialidade e a nossa estrutura estará liberada”, afirma Trautwein.