Dive SC e Gerência Regional alertam para os riscos de acidentes com animais peçonhentos
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(Fotos: Divulgação)
Acúmulo de lixo, restos de entulhos e pilhas de telhas e madeiras no terreno são abrigos certos para esses animais
Em Santa Catarina, o número de acidentes por animais peçonhentos, provocados por serpentes, aranhas, escorpiões, lagartas, abelhas, águas-vivas e caravelas cresce com a chegada do verão. Em 2016, foram registrados 8.441 acidentes em todo o estado, e entre os meses de janeiro e novembro de 2017, um total de 7.998 acidentes já foram registrados.
Acúmulo de lixo, restos de entulhos e pilhas de telhas e madeiras no terreno são abrigos certos para animais peçonhentos. A proximidade de matas e terrenos baldios também requer atenção. Em regiões onde há enchentes o risco também é grande, pois esses animais são obrigados a deixarem seus habitats em busca de um novo local, refugiando-se, muitas vezes, dentro das casas.
Os acidentes com aranhas (5.174) foram responsáveis pela maior parte dos casos em 2017, seguidos dos acidentes por abelhas (866), serpentes (654), lagartas (599) e escorpiões (271). De acordo com Ivânia da Costa Folster, responsável pela área técnica na Gerência de Vigilância de Zoonoses e Entomologia (Gezoo), muitos acidentes acontecem por desatenção: "Nesta época do ano, as pessoas passam a frequentar mais as praias, fazem trilhas e outras atividades ao ar livre, aproximando-se desses animais, aumentando os riscos de picadas e mordeduras", alerta.
No caso de picadas ou mordeduras, é preciso tratar a lesão como se fosse causada por um animal venenoso, e buscar rapidamente atendimento em uma Unidade de Saúde. A referência para atendimentos de acidentes por animais peçonhentos no estado é o Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Santa Catarina (CIATox/SC), com funcionamento pelo telefone 0800 643 5252, por 24 horas, todos os dias da semana.
O que fazer em caso de acidentes
- Manter a vítima calma e deitada, evitando movimentos para não favorecer a absorção do veneno;
- Tentar manter o membro afetado no mesmo nível do coração ou, se possível, abaixo dele;
- Localizar a marca da mordedura, limpar o local com água e sabão e cobrir com um pano limpo;
- Remover anéis, pulseiras e outros objetos que possam garrotear (apertar a circulação), em caso de inchaço do membro afetado;
- Levar a vítima imediatamente ao serviço de saúde mais próximo, para receber o tratamento necessário;
- Se possível, levar o animal para que seja identificado e para que a vítima receba o antiveneno específico.
Como evitar acidentes
- Usar botas: no corte de vegetação e limpeza de terrenos evita até 80% dos acidentes com cobras. Porém, antes de calçar as botas, verifique se não há aranhas, escorpiões ou outros animais peçonhentos na parte interna.
- Proteger as mãos: não coloque as mãos em frestas, tocas, cupinzeiros, ocos de troncos etc. Use um pedaço de madeira para verificar se não há animais nesses locais. Utilize luvas para limpeza doméstica.
- Acabar com os ratos: a maioria das cobras alimenta-se de roedores. Por isso, mantenha sempre limpos os terrenos, quintais e plantações, evitando atrair esses predadores.
- Conservar o meio ambiente: os desmatamentos e queimadas, além de destruírem a natureza, provocam mudanças de hábitos dos animais, que se refugiam em celeiros ou mesmo dentro de casas. Evite matar os animais, pois eles contribuem para o equilíbrio ecológico.
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