Anderson de Rezende é responsável por contratar médicos para o Pronto Atendimento de Canoinhas
ma motocicleta Harley-Davidson, um KIA Cerato, uma caminhonete Cherokee, apartamento em Guaratuba e um recém-adquirido apartamento no bairro onde mora o prefeito de Curitiba e o governador do Paraná, o nobre Ecoville, numa das áreas mais verdes e caras da capital paranaense.
A lista de bens pode até ser compatível com um jovem médico, mas no caso de Anderson de Rezende, segundo a Polícia, pode ser fruto de uma série de fraudes.
O médico, dono da Med Kos, empresa que administra o serviço de plantão no Pronto Atendimento de Canoinhas (PA), está foragido da Polícia desde a semana passada.
A empresa é acusada de contratar falsos médicos e orientá-los a confirmar a fraude, fazendo carimbos falsos. A empresa ainda teria superfaturado em cima dos contratados. Há casos de médicos que recebiam R$ 1,2 mil pelo plantão de 12 horas, mas a empresa embolsava pelo menos R$ 400, além do estabelecido no contrato de prestação de serviços que tinha com os Municípios. Somente Canoinhas pagou R$ 1,6 milhão para a empresa no ano passado.
O esquema vem sendo investigado desde o ano passado, quando um falso médico foi encontrado trabalhando no PA de Canoinhas. Desde então, outro falso médico foi encontrado em Papanduva, onde a Med Kos também prestava serviço no PA.
Desde janeiro, no entanto, a prefeitura de Papanduva rompeu com a Med Kos. Já a prefeitura de Canoinhas segue o contrato, mesmo depois de Anderson ter a prisão preventiva decretada (leia na página e ao lado o que diz a secretária de Saúde).
Nesta quarta-feira, 9, o delegado Gustavo Muniz Siqueira, que conduz o inquérito da Operação Autópsia, pediu a prisão preventiva da advogada da empresa, Karin Finato de Rezende, esposa de Anderson.
Deixe seu comentário