Canoinhas já tem 220 casos suspeitos e 34 confirmados
Edinei Wassoaski
COM AGÊNCIAS
A maioria das pessoas que morreram por causa da nova gripe pandêmica H1N1 tinha doenças como asma, mas 45% pareciam saudáveis, segundo o maior estudo já feito sobre os casos nos Estados Unidos. Embora o Brasil não tenha estudo parecido, Canoinhas registrou ao menos um caso que ilustra este dado. Das duas mortes por H1N1 confirmadas na cidade, uma delas ocorreu sem que houvesse sintomas associados. Situação semelhante ocorreu com um paciente de Papanduva na semana passada.
Crianças com doença falciforme e outras enfermidades sanguíneas correm risco especial de complicações por causa da nova gripe, assim como ocorre com a gripe comum, segundo apontou o estudo feito pelo Centro de Prevenção e Controle de Doenças (CDC) dos EUA.
O estudo feito nos EUA, o mais abrangente até o momento, apontou que 55% dos adultos mortos tinham algum problema que agrava gripes de todos os tipos.
Entre as vítimas, 6% eram grávidas. As gestantes têm seus sistemas imunológicos suprimidos para que o organismo não rejeite o feto, e muitas também podem sofrer pressões do feto sobre os pulmões.
O estudo indica ainda que 5,8% das crianças hospitalizadas tinham alguma doença relacionada às células vermelhas do sangue, como a doença falciforme.
Até agora o CDC não citava a anemia falciforme como um risco especial, mas as diretrizes sobre a gripe comum já orientavam que crianças vítimas dessa doença fossem vacinadas anualmente.
NÃO DÁ PRA RELAXAR
“Não é o momento para relaxar”, alerta a enfermeira Iolanda da Silveira, do Centro de Epidemiologia de Canoinhas. Somente em Canoinhas, há 34 casos confirmados da nova gripe. 175 pessoas já usaram ou estão usando o comprimido Tamiflu, indicado no combate à doença. Outros 104 pacientes com material coletado aguardam resultado dos exames que ainda continuam saindo com lentidão.
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