Especialista em doenças respiratórias diz que há motivos para prevenção, não para alarme

 

 

 

Dr. Filipe Farias Teixeira, especialista em doenças respiratórias, explica que a principal característica do vírus H1N1 é a semelhança com a gripe comum. Ele relata que a tradicional vacina aplicada anualmente em pessoas com mais de 60 anos para combater a gripe comum está em constante mutação. "A cada ano surgem novos tipos de vírus, isso leva os laboratórios a mudar a vacina a cada ano". O alarme em torno do vírus H1N1 está justamente no fato de não haver vacina e de os cientistas ainda não terem dissecado os fatores e reações a doença. Teixeira lembra que a porcentagem de casos graves é pequena e que a gripe comum já matou muito mais, em anos anteriores que o H1N1.

Para o médico o importante é manter a calma e se prevenir. Cuidados básicos como se agasalhar no frio, evitar compartilhar objetos de uso pessoal como talheres, lavar as mãos frequentemente, tossir levando a mão a boca (de preferência com um lenço) e evitar aglomerações são cruciais na prevenção.

O Ministério da Saúde informou ontem que em três meses deve ser produzida no Brasil vacinas contra o vírus H1N1. Até lá, 17 milhões de doses importadas de um laboratório francês devem ser disponibilizadas na rede pública de saúde. Antes do inverno do ano que vem devem ficar prontas 30 milhões de doses fabricadas no Brasil. Já há até um planejamento nacional de vacinação.

 

 

Cidades da região estão em alerta

 

 

As Secretarias de Saúde da região estão em alerta para detectar e tratar os casos suspeitos o mais rápido possível.

Em Três Barras, equipes do Programa Saúde da Família (PSF) vêm, desde o início do mês de julho, realizando esclarecimentos e repassando informações sobre o H1N1 às famílias. Medidas sobre a prevenção da doença e buscas ativas de casos suspeitos também estão na pauta de trabalho dos profissionais de saúde. Quando se faz necessário, casos suspeitos passam por avaliação médica e ficam sendo monitorados no próprio domicílio. Até o momento foram notificados três casos suspeitos e que já estão sob o controle das equipes de saúde.

Em Papanduva, há dois casos suspeitos sendo monitorados. Segundo a secretária Kátia Thorstenberg, material coletado destes pacientes já foi enviado ao Lacen, mas não há previsão para emissão do resultado dos exames. "Estamos distribuindo máscaras para pessoas gripadas e orientando a população", explica.

Em Bela Vista do Toldo, segundo a secretária Carla Ludka Mota, havia um caso suspeito, mas foi descartado esta semana, quando se confirmou tratar-se de gripe comum.

Irineópolis e Major Vieira não haviam registrado nenhum caso suspeito até ontem.