Medida foi motivada pelo aumento de casos e internamento de criança
Edinei Wassoaski
CANOINHAS
Desde terça-feira, 28, quando um menino de dois anos foi internado com suspeita de H1N1 no Hospital Santa Cruz, desde a moça da limpeza até os médicos do Pronto Atendimento Municipal (PA) trabalham com máscaras cirúrgicas. Duas caixas do material foram enviadas pela Secretaria da Saúde ao órgão. Vidros de álcool para desinfetar as mãos também foram enviados. “Não sabemos se o vírus está rondando por aí, é preciso prevenir”, argumenta a secretária de Saúde Telma Bley.
A medida tem provocado estranhamento nos pacientes. “Muitos ficam ofendidos de serem atendidos por funcionários com máscaras”, conta a enfermeira responsável pelo PA, Josiane Galeski. “A gente explica que é uma medida preventiva e que todos os hospitais estão usando”. Josiane pede que as pessoas não procurem o PA por problemas simples, sob risco de adquirirem algo mais grave. “A pessoa pode vir aqui para tratar de uma dor no joelho e pegar o vírus se ele estiver no ar”, exemplifica.
Segundo Josiane, é rotina nesta época do ano aparecer muitos casos de gripe, mas neste inverno, a frequência é muito maior que em anos anteriores, justamente por conta do H1N1. Ela conta que pelo menos 70% dos atendimentos do PA são relacionados à gripe. Isso faz com que em horários de pico o paciente leve de duas a três horas para serem atendidos.
Outra orientação importante: “Não precisa procurar o PA se você tem somente um dos sintomas da gripe H1N1. É preciso ter todos os sintomas associados para se ter o risco de ter adquirido a doença”, explica. Os sintomas são febre acima de 38º, falta de ar, dor de garganta, dor no corpo e tosse. Outra recomendação importante é que as pessoas procurem inicialmente os postos de saúde. O PA, como o próprio nome diz, é para emergências.
Embora os profissionais de saúde estejam usando máscaras, a orientação é que somente eles e pessoas com suspeita do vírus usem máscaras.
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