Diferentes gramaturas podem confundir consumidor; farmácias alegam aumento do fornecedor

Edinei Wassoaski

CANOINHAS
 
O preço do álcool gel, principal componente no combate a gripe H1N1, varia em 50% entre sete farmácias de Canoinhas pesquisadas pelo CN. É preciso, no entanto, atentar para a variação das gramaturas. Cada farmácia oferece diferentes embalagens e marcas de álcool gel. As gramaturas variam de 52 a 440 gramas. O frasco mais encontrado, de 100 gramas, pode ser encontrado por R$ 4,49 em uma farmácia e por R$ 9,90 em outra farmácia. Segundo a gerente de uma farmácia onde a mesma embalagem custa R$ 7, a farmácia tem uma margem fixa de lucro. A culpa pelo preço elevado é, portanto, seria do fornecedor. A mesma gerente admite que o preço praticamente dobrou desde que o produto foi anunciado como essencial no combate ao vírus H1N1.
O álcool gel é vendido nas farmácias pesquisadas pelo CN em frascos de 52 gramas (preço entre R$ 3,40 e R$ 3,60), 100 gramas (entre R$ 4,49 e R$ 9,90), 120 gramas (entre R$ 6 e R$ 6,90), 250 gramas (R$ 8,50), 300 gramas (R$ 11,90) e 440 gramas (entre R$ 16,50 e R$ 17).
Os profissionais de saúde recomendam a higienização frequente das mãos como uma das principais formas de evitar o contágio da doença. Mas será que o álcool pode substituir o bom e velho sabão? “Tanto o sabonete comum quanto o álcool em gel são eficazes para a limpeza das mãos e podem evitar a contaminação pelo vírus da nova gripe e outras doenças, como diarreias - que em alguns casos podem provocar surtos em escolas e creches - e todas as enfermidades de transmissão respiratória, como a influenza”, afirma a médica Ana Freitas Ribeiro, diretora da Central de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo, em entrevista a revista Nova Escola. Segundo ela, não há diferença de eficácia entre os dois métodos. “Entretanto, se houver sujidade aparente, é necessário lavar as mãos com água e sabão”, ressalta. Quem opta pelos sabonetes antissépticos têm ainda uma leve vantagem em relação aos comuns. "Eles apresentam ação residual, ou seja, permanecem ativos por mais tempo nas mãos”. Isso significa que a duração de proteção contra germes, vírus e bactérias é maior.
 
PROCON SEM ESTRUTURA
Segundo o responsável pelo Procon de Canoinhas, Giovani Klempous, até o momento nenhum consumidor reclamou da cobrança abusiva pelo álcool gel, mas mesmo que alguém reclame, o Procon não tem profissional capacitado para fazer a fiscalização. O Procon se limita a enviar advertência por meio de carta ao estabelecimento que suposta mente estaria cometendo abuso.
 
 
 
 
Delegacia libera locais fechados
 
A portaria que proibia a abertura de bares e boates com pouca ventilação na Comarca termina hoje, mas no fim de semana passado, boates sem janelas abriram com a anuência do delegado regional Getúlio Scherer. A Vigilância Sanitária, que havia pedido a Delegacia Regional que baixasse a portaria, não interferiu na decisão.
 
48 casos na região de União da Vitória 
 
A 6.ª Regional de Saúde anunciou esta semana o aumento de 48 casos confirmados da H1N1 na região de União da Vitória-PR, a 70km de Canoinhas. O número de casos saltou. Uma semana antes constavam 22 casos. O novo boletim corresponde a dados computados desde o dia 8 de agosto onde são feitas as somas dos casos confirmados em laboratório e clinicamente. Em laboratório foram confirmados 22 casos e dois óbitos. O restante foi diagnosticado clinicamente.
 
Desfiles cívicos são cancelados
 
Seguindo recomendações do Ministério da Saúde para que se evite ao máximo a aglomeração de pessoas como forma de combate ao vírus H1N1, a prefeitura de Três Barras determinou o cancelamento das festividades de 7 de setembro. Desta forma, os Desfiles Cívicos foram suspensos. Há duas semanas, Major Vieira havia tomado a mesma decisão.
 
Brasil tem maioria das mortes
 
O Ministério da Saúde informou esta semana, em nota, que o Brasil já registra a maior quantidade de mortos pela gripe H1N1. Até sábado, 22, foram observados 557 óbitos pelo vírus. Os Estados com mais mortes são São Paulo (223), Paraná (151) e Rio Grande do Sul (98).
De acordo com o boletim, no entanto, a taxa de mortalidade do Brasil (0,29) é menor do que em outros seis países. Isto porque o percentual de óbitos é calculado em relação à quantidade de habitantes em cada país. Em SC, até ontem foram registradas 12 mortes, 209 casos confirmados e 327 casos descartados inicialmente considerados suspeitos.