Mesmo assim, número de casos suspeitos na região aumentou para 71

Edinei Wassoaski

CANOINHAS
 
Desde o início da semana diminuiu o número de pacientes que procuram o Ambulatório de Campanha instalado anexo ao Pronto Atendimento de Canoinhas. Na semana passada mais de 400 pessoas haviam passado pelo ambulatório com sintomas de gripe
A queda é generalizada em todo o País. Esta semana o Ministério da Saúde também informou que os casos da gripe H1N1 podem estar mesmo recuando no País. De 9 a 15 de agosto, foram registrados 111 casos graves da nova gripe e três da sazonal – outros 4.171 estão em investigação. Na semana anterior, foram 794 casos graves e, nas últimas semanas de julho, a média foi de 800.
No total, o País registra 368 mortes pela doença, 151 no Estado de São Paulo (no último boletim estadual eram 134).
A pasta diz que os dados de terça-feira, 18, podem ser um "indicativo preliminar" de tendência de queda, mas ressalva que, talvez, não reflitam a realidade, pois muitos Estados não os atualizaram. No boletim da semana anterior, por exemplo, havia registro de 102 casos graves – que foram atualizados para 794.
Um dos fatores para a mudança, segundo a gerente regional de Saúde, Andrea de Paula e Silva, é a melhora do tempo.
Mesmo assim, o número de casos suspeitos em Canoinhas aumentou para 45 (na semana passada eram 35). Na região, os casos suspeitos chegam a 71. Tanto em Canoinhas quanto em Major Vieira dois óbitos suspeitos tiveram material coletado para exame apenas como medida preventiva.
Segundo a enfermeira Iolanda da Silveira, que acredita que o vírus H1N1 está circulando pela região, a grande dificuldade está em confirmar as suspeitas. Até agora, dos 47 exames enviados ao Lacen, de Florianópolis, só de Canoinhas, dois voltaram com resultados negativos. A expectativa é de que pelo menos seis exames retornem na próxima semana, mas não há confirmação da previsão.
Andrea conta que o Lacen acumula mais de 1,2 mil pedidos de exame. Enquanto 10 mortes foram confirmadas em SC, há 58 mortes suspeitas pendentes de exames. Todos os exames estão sendo enviados a Fiocruz, no Rio de Janeiro, o que torna o processo ainda mais moroso.
Na quarta-feira, 19, técnicos da Saúde se reuniram com médicos e enfermeiros na Câmara de Vereadores de Canoinhas a fim de repassar informações de como proceder em casos suspeitos.
O Ambulatório de Campanha enfrenta a escassez de médicos interessados em trabalhar no local. Esta semana pacientes com gripe tiveram de ser redirecionados ao Pronto Atendimento por falta de médico no Ambulatório.