Campanhas populares ajudaram a construir o hospital que, hoje, é referência em atendimento e qualidade
Nas primeiras décadas do século 20, Tereza Gobbi era dona do Hotel Gobbi, nas proximidades da estação ferroviária de Canoinhas, em Marcílio Dias. O hotel ficava às margens da linha férrea e atendia as pessoas que desembarcavam dos trens.
Certo dia ocorreu um acidente com um guarda e ele ficou muito machucado, necessitando ser hospitalizado. Prestativa, ela e seu filho Pedro, junto com outras pessoas, improvisaram uma maca feita com lençóis para poder transportar o acidentado para Curitiba. Um dia de viagem.
Surgiu, então, a ideia de fazer campanhas para a construção de um hospital em Canoinhas. Tereza apoiou a ideia do filho e levou adiante os propósitos para conseguir recursos.
Ela transmitiu suas intenções ao conceituado doutor Oswaldo de Oliveira, que apoiou a iniciativa. Depois de solicitar apoio das autoridades e de toda a comunidade, Tereza organizou diversas reuniões e montou uma diretoria. Arrecadou donativos e fez a primeira festa em prol da construção do hospital. Além da festa, várias campanhas foram realizadas para a arrecadação.
Tereza, através do seu guarda-livros, Alfredo Lepper, redigia e enviava cartas a indústrias importantes de São Paulo para conseguir donativos. Confeccionou os primeiros lençóis do hospital com tecidos doados.
O terreno foi doado por Victor Soares de Carvalho e as obras começaram assim que o valor necessário foi arrecadado.
Finalmente, em 7 de março de 1939, com a presença do interventor Nereu Ramos e sua comitiva, foi inaugurado o Hospital Santa Cruz de Canoinhas (HSCC), com Dr. Oswaldo de Oliveira como primeiro diretor. Era a única alternativa para atendimento da população dos municípios de Canoinhas, Major Vieira, Três Barras, Papanduva, que passaram a procurá-lo pela qualidade do atendimento. Hoje, o HSCC ainda é referência na região.
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