Segundo Hospital, tumulto e risco de infecções levaram à decisão
Edinei Wassoaski
CANOINHAS
Desde o início do mês, pacientes internos que não sejam crianças ou tenham menos de 60 anos, estão proibidos de terem acompanhantes. Parentes, só no horário de visita, das 15h ás 15h30. A medida adotada pelo Hospital Santa Cruz, de Canoinhas, irritou pacientes e familiares. “Eles podem até tratar eles bem, mas um paciente como o meu filho não vai se sentir bem ao pedir pra enfermeira dar banho nele”, conta Zeno Balkoski, cujo filho, Mauro Gilson Balkoski, ficou mais de uma semana internado depois de ter sido atropelado no domingo, 7.
Zeno conta que só pode ver o filho um dia depois do internamento. “Reclamei e me mandaram falar com o SUS”, lembra.
O caso provocou a indignação do vereador Beto Passos (PT) na sessão de terça-feira, 9. “O que está acontecendo? Será que é a presença da prefeitura na administração do Hospital Santa Cruz?”, lembrando que desde o ano passado o secretário da Administração, Argos Burgardt e a secretária de Saúde, Telma Bley, participam da administração do HSC.
Burgardt disse que só cuida da parte financeira e desconhece a proibição de acompanhantes. A mesma afirmação foi feita por Telma.
CONTRAPONTO
De acordo com a administradora do HSC, Salete Benetti, a norma se aplica a casos específicos. “Quando vemos que há a necessidade de um acompanhante, permitimos”, explica. Segundo ela, a medida visa evitar tumulto nos quartos e o risco de contaminação por bactérias. Nos casos de adolescentes até 15 anos e idosos a partir dos 60 anos, é permitido o acompanhante. Do contrário, vai dos critérios avaliados pela enfermagem.
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