Horário de verão altera organismo de quem precisa acordar uma hora mais cedo
Relógio biológico desacertado
Gracieli Polak
CANOINHAS
Dor de cabeça, sonolência e falta de atenção são as marcas da primeira semana de horário de verão no cotidiano da maioria das pessoas. A alteração no relógio biológico é uma conseqüência comum da alteração do horário e atinge praticamente todas as pessoas, principalmente as que precisam acordar cedo, provocando alterações na concentração e no humor, conseqüências da sonolência generalizada.
Os estudantes do período matutino da E.E.B. Santa Cruz, Willian Virgílio Bechel e Eduardo Witt, juntamente com seus colegas de classe, afirmam sofrer com a mudança do horário. Segundo Witt, todos seus colegas estão bocejando e reclamando do sono, que é intenso nos primeiros horários.?O relógio biológico está acostumado com um ritmo e a gente teve de mudar bruscamente. Se a gente conseguisse ir dormir uma hora antes, acredito que não seria tanto assim, mas ainda é preciso uns dias para esquecer que estamos uma hora adiantados?, afirma Witt.
Bechel explica que a dificuldade em acordar uma hora mais cedo em seu relógio biológico para vir à escola faz com que pelo menos as duas primeiras aulas sejam marcadas pela desatenção e pelos bocejos de toda a turma. ?A gente não está acostumado ainda a fazer tudo com uma hora de adiantamento, nem mesmo a fazer as refeições, então fica difícil?, reclama. A professora Maria de Lourdes Maieski afirma que, com certeza, os primeiros horários da manhã após a mudança de horário são complicados. ?Eles ficam sonolentos, com nível de atenção muito inferior ao normal, que geralmente acabam depois de 15 dias?, explica. De acordo com Maria de Lourdes, a mudança do horário atrapalha o rendimento em um primeiro momento, mas, com novas abordagens, é possível driblar o novo comportamento e restaurar o ritmo dentro da sala de aula, até mesmo porque em poucos dias o organismo se adapta ao novo horário.
ADAPTAÇÃO
Segundo o Instituto do Sono, da Universidade de Campinas, a maioria das pessoas leva pelo menos sete dias para ter seu relógio biológico adaptado ao novo horário. O adiantamento do relógio em uma hora produz no organismo uma alteração semelhante à que acontece em viagens de avião, quando se cruzam fusos-horários. No entanto, como cada pessoa tem um ritmo diferente de adaptação, os efeitos podem se prolongar por até 15 dias.
Deixe seu comentário