Associação dos Doadores de Sangue da Região de Canoinhas lamenta declaração
CANOINHAS - O vice-governador Leonel Pavan (PSDB) disse em entrevista ao jornal Hora da Notícia, da rádio Fronteira FM, durante inauguração da quadra coberta da Escola de Educação Básica Rodolfo Zipperer, na quinta-feira, dia 1.º, que desconhece o problema do Banco de Sangue de Canoinhas, fechado há dois anos pela Vigilância Sanitária do Estado. Há menos de um mês, quando esteve em Canoinhas para uma reunião política, Pavan disse a reportagem do CN que os doadores tinham de ter paciência, demonstrando estar inteirado do assunto. ?As pessoas tem de entender que estamos somente há 10 meses no Governo, aos poucos vamos ajeitando as coisas?, afirmou o vice-governador na ocasião.
Na quinta-feira, no entanto, Pavan afirmou que o assunto levantado pelo jornal era novidade para ele e que ?assim que o assunto chegue até mim, prometo tomar uma providência?.
ETERNA REIVINDICAÇÃO
O assunto está na mesa do vice-governador há pelo menos dez meses, tempo em que ele ocupa o cargo de vice-governador. ?Só temos a lamentar uma declaração desse teor?, disse ao CN o presidente da Associação dos Doadores de Sangue da Região de Canoinhas (Adosarec), Silmar Golanovski.
Depois de a Secretaria de Saúde do Estado ter afirmado pela quinta vez que o Banco de Sangue estava garantido, inclusive com a nomeação dos funcionários, há cerca de um mês, a Adosarec recebeu mais um golpe que puxou para baixo a intenção da cidade ter um Banco de Sangue. A Fundação de Apoio ao Hemosc/Cepon (Fahece) disse que só autorizaria a compra dos equipamentos para o Banco de Sangue e a contratação de funcionários, quando um ?contrato de gestão? for firmado pela Secretaria de Estado da Saúde e Fahece.
O maior doador de sangue do mundo, Orestes Golanovski, indignado, chamou de ?picuinha política? o que impede a inauguração do banco. A Secretaria de Saúde diz que esta pendenga não vai prejudicar a promessa feita a Adosarec.
Em resposta a nota de repúdio da Câmara de Vereadores de Canoinhas, a Fahece diz que não pode atender o pleito enquanto não for firmado o contrato de gestão, o que segundo a nota vem sendo requerido há três anos, mas sem resposta da Secretaria da Saúde do Estado.
A Fahece diz ainda no ofício encaminhado aos vereadores que houve erro no repasse de informações para a Câmara e que ?impedimentos legais?, por conta da falta do contrato, a impedem de investir no Banco de Sangue de Canoinhas, já que o Ministério Público determinou que a entidade mantenha somente os serviços que presta, sem agregar novos gastos até que o contrato seja formalizado.
Deixe seu comentário