Segundo especialista prefeitura não tem contrato com laboratório desde janeiro
Edinei Wassoaski
CANOINHAS
Vereador Vagner Trautwein (PSDB) contestou os dados fornecidos pela secretária municipal de Saúde, Telma Regina Bley, em matéria publicada pelo CN na semana passada. De acordo com o vereador, que também é médico, a Secretaria de Saúde não gasta R$ 4 mil extras para custear exames de ultra-som. A afirmação foi feita na tribuna da Câmara dos Vereadores na sessão de segunda-feira, 16.
Oscar Defonso, o único radiologista credenciado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em Canoinhas, confirmou à reportagem do CN as contestações de Trautwein. De acordo com Defonso, desde janeiro a prefeitura não tem convênio com sua clínica. Ele explica que o convênio foi desfeito a partir do momento em que ele reajustou o valor de R$ 47,70 para R$ 50 por exame de alta complexidade. ?Até hoje não recebi uma resposta?, garante. A prefeitura comprava um pacote de 30 exames mensais por este valor, o que, segundo Defonso, resultava em gasto que não ultrapassava R$ 1,43 mil mensais.
Defonso reclama ainda que levou um prejuízo de R$ 6,5 mil com pacientes do SUS. 78 exames de mamografia não foram pagos pelo Governo. Ele sugere que a prefeitura coloque para funcionar o Centro de Diagnóstico por Imagem, do Consórcio Intermunicipal de Saúde (CIS) dos municípios que integram a Associação dos Municípios da Região do Contestado (Amurc). O Centro foi inaugurado há três semanas, mas efetivamente não entrou
SECRETARIA CONTESTA
Segundo a equipe técnica da Secretaria Municipal de Saúde, o convênio com Defonso foi desfeito porque ele não teria fornecido a documentação necessária para a renovação do acordo. Sobre o prejuízo com o SUS, segundo as responsáveis pela alimentação dos dados fornecidos ao Sistema, Janice Stempinhaki e Ângela Damaso da Silveira, desde janeiro o sistema de informática pelo qual são repassados os dados, passou por problemas. ?Perguntávamos ao Estado qual seria o problema, mas não obtínhamos resposta, simplesmente o sistema não aceitava todos os exames que cadastrávamos?, explica Ângela. No mês passado, no entanto, o Estado admitiu a falha e na quarta-feira desta semana, segundo Telma Bley, o Estado liberou o valor para reembolsar Defonso.
Sobre os gastos da prefeitura com a clínica, a Secretaria mostrou à reportagem, uma planilha de gastos com exames que discrimina R$ 4,7 mil destinados a exames por imagem, sustentando as declarações de Telma.
Problema está no valor repassado pelo SUS
Nem mesmo a Secretaria de Saúde discorda dos argumentos de Defonso quando o assunto é tabela SUS. ?Há dois anos, uma auditoria que eu coloquei aqui (na clínica) mandou eu fechar as portas para o SUS senão eu quebrava?, conta Defonso. Um exame de mamografia, que custa
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