Unidade atende até o momento por volta de 1762 pessoas

PORTO UNIÃO ? Depois de sete meses de atendimento para o Planalto Norte Catarinense, no dia 9 de maio, foi assinado o convênio interestadual, entre Paraná e Santa Catarina, que permite que os novos casos do Sul do Paraná também sejam atendidos na Unidade Oncológica do Hospital São Braz, em Porto União. Segundo o médico e membro da Comissão de Construção da Unidade Oncológica e Ampliação do Hospital São Braz, Cezar P. Lemos, agora efetivamente o objetivo da Unidade Oncológica foi atingido. "Desde o primeiro dia, desde as primeiras ações realizadas, a idéia era que toda a nossa região fosse atendida. Agora podemos comemorar com toda a comunidade essa conquista", conta.

Para o médico oncologista, responsável pela Unidade Oncológica, Carlos Ferreira, essa vitória vai agilizar o atendimento do câncer, e isso será positivo, pois quanto mais cedo se diagnosticar a doença, mais aumentam as chances de cura. "O fator proximidade e facilidade de acesso agiliza nesse sentido, sem contar na economia financeira das pessoas que não vão precisar viajar tanto, pagar hospedagem etc. Temos que destacar também que aqui na Unidade Oncológica, o atendimento é humanizado, perto da família do paciente. Isto significa qualidade de vida e recuperação mais rápida", explica. Ferreira tem a expectativa de dobrar o atendimento na Unidade Oncológica, que hoje marca 1762 atendimentos.

 

Resultados positivos

 

As atividades da Unidade Oncológica em Porto União iniciaram em 21 de setembro de 2005 e foram marcadas com muita comemoração. A oficialização do atendimento foi feita por meio da Secretaria de Saúde de Santa Catarina que aprovou o pagamento administrativo dos serviços de quimioterapia em Porto União, até que fosse efetivado o credenciamento no Ministério da Saúde, o que ainda não aconteceu. O acordo entre os Estados, assinado essa semana, disponibiliza o atendimento de novos casos para todos os municípios da Associação dos Municípios do Sul do Paranaense (Amsulpar). Agora, mais de 20 municípios serão atendidos.

Apesar do pouco tempo de atuação da Unidade Oncológica, Ferreira já aponta as conseqüências positivas do tratamento na região. "Novos casos de câncer continuam sendo constantes, mas as taxas de mortalidade em função da doença estão decrescendo progressivamente. Hoje, estamos próximos da média estadual que é de, em média, 89 óbitos por 100 mil habitantes", confirma. Para ele a assistência na Unidade Oncológica está mudando a história médica da doença na região.

Segundo o oncologista a maior incidência da doença é no pulmão e na boca e indica como fator responsável por isso o alto consumo de bebida alcoólica, o tabagismo e as baixa condições sociais das pessoas.