Nelson Lima dos Santos vai cumprir 12 anos de prisão em regime fechado

Edinei Wassoaski

CANOINHAS
 
Nelson Lima dos Santos, 25 anos, foi condenado a 12 anos de prisão em regime fechado na segunda-feira, 22, pelo Tribunal do Júri da Comarca de Canoinhas. Ele é o assassino confesso do mototaxista Leandro Soares, 19 anos, ocorrido em 30 de julho de 2007. Nelson foi preso em Timbó Grande um mês depois.
Na noite do crime, Leandro atendeu ao telefonema de um suposto cliente na agência de mototaxistas Anjos da Noite, onde trabalhava há uma semana, na rua Major Vieira.
Santos estava a aproximadamente 100 metros da agência, telefonando de um orelhão.
A versão de Santos contradiz a do mototaxista que, pouco antes de morrer, conversou com frequentadores de um bar no bairro Salto d’Água Verde. Santos disse que teria sido esfaqueado na entrada da Vila Militar. Conforme disse Soares na reconstituição do crime, a suposta briga teria sido travada no bairro Boa Vista.
Santos tencionava roubar a moto, mas como houve reação por parte do mototaxista, o acusado teria se atrapalhado, deixando Soares fugir com três ferimentos de faca nas costas.
 
AGONIA
 
Mesmo semi-inconsciente, Soares chegou a contar que opassageiro solicitou ao chegar no Salto, que ele retornasse. Na entrada da Vila Militar, o homem teria pedido que ele parasse a motocicleta. Ao parar, Soares disse que sentiu uma forte dor nas costas, acreditando ter sido golpeado pelo capacete que o assassino trazia. Na verdade, ele havia sido atingido por três golpes de faca. Soares conseguiu fugir guiando a motocicleta até um bar na entrada do bairro Água Verde, na rua Sérgio Gapski. Ele entrou no bar e se queixou aos proprietários de que teria sido alvo de uma tentativa de assalto e que sentia uma forte dor nas costas por conta do suposto golpe de capacete. As pessoas que estavam no bar o avisaram que ele havia sido esfaqueado e chamaram a Polícia e o Corpo de Bombeiros.
Soares deu entrada no Pronto Atendimento Municipal inconsciente. Nas próximas seis horas entrou em coma e sofreu uma cirurgia, mas não resistiu e acabou falecendo. De acordo com os médicos que o atenderam, a causa da morte foi hemorragia. Soares perdeu pelo menos 2,5 litros de sangue.
Santos já cumpriu dois anos de prisão, o que facilita o pedido de cumprimento da pena em regime semiaberto.