A prisão de Sabatke trouxe incômodo a muitos revendedores de carros de Canoinhas
A prisão de Sabatke trouxe incômodo a muitos revendedores de carros de Canoinhas. Um advogado que não quis se identificar atentou para o julgamento antecipado e a generalização dos revendedores. "Há um temor muito grande por parte dos revendedores de automóveis porque nos últimos anos o crédito facilitado fez com que muita gente financiasse carros e com isso o mercado de revendas cresceu consideravelmente. Atrelar a um esquema o crescimento súbito de revendas que saíram de pequenas garagens para lojas é ser no mínimo leviano". Em entrevista ao CN, o juiz Dr. André Alexandre Happke frisou que todos os revendedores citados nos processos serão ouvidos, mas não há prova nenhuma, até o momento, do envolvimento deles no suposto esquema, mesmo porque nem mesmo Sabatke citou nomes.
Happke afirmou também que não houve referência a nenhum policial, que teria ajudado o suspeito a se manter foragido, conforme noticiou o jornal Diário do Planalto. Sabatke teria dito que várias pessoas o ajudaram, inclusive um policial, já que saiu de Canoinhas sem nenhum dinheiro.
MINISTRO CANOINHENSE VAI JULGAR HABEAS-CORPUS
O ministro canoinhense Paulo Galotti, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), deve julgar na próxima semana o habeas-corpus que pode conceder liberdade a Sabatke. O pedido foi impetrado pelo advogado Murilo De Lucca, antes de deixar a defesa do ex-empresário na semana passada. Até lá, Sabatke segue preso em uma cela no 3.° Batalhão de Polícia Militar. O ex-empresário foi preso porque foi detido foragido. Ele permanece no 3.° BPM, porque caso fosse enviado ao Presídio Regional de Mafra, dificultaria as audições com os juízes que somente nesta semana foram três.
BV INDENIZOU CLIENTES EM MAIS DE R$ 2 MILHÕES
A assessoria de imprensa da BV Financeira, empresa do Grupo Votorantim, com sede em São Paulo-SP, informou que a empresa assumiu todos os prejuízos causados por Sabatke e indenizou todos os que procuraram a empresa. As indenizações, somadas a outros custos com o episódio, chegam a R$ 2 milhões. A empresa também processa Sabatke.
A BV diz que Sabatke era operador e não gerente da empresa em Canoinhas. Uma auditoria interna detectou as fraudes, segundo a assessoria.
A empresa lamentou o envolvimento do nome da BV no episódio e afirmou que o caso é de Polícia e confia na ação da Justiça.
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