Mais de três meses depois de morto, empresário foi enterrado essa semana
CANOINHAS ? Está confirmado. O corpo encontrado em Mandirituba, distante 40 quilômetros de Curitiba, no dia 5 de janeiro, é mesmo do empresário canoinhense José Vanderlei de Goss, conhecido por Vande Andrade, desaparecido no dia 23 de outubro passado.
A informação foi confirmada pela Polícia Técnica do Paraná na segunda-feira, 6, baseada em resultado de teste de DNA que comparou os genes do corpo com os de dois filhos de Vande.
O comissário Levi Rosa Perez, que trabalhou no caso desde o início, disse que se confirma assim, a tese que a Polícia defendia de que o exame de DNA era apenas uma questão prática, para oficializar a identidade do corpo, mas que não havia dúvidas quanto ao fato do corpo ser de Vande.
O corpo foi encontrado em um matagal, à cerca de 200 metros da BR-116, com uma perfuração na nuca, provocada por um disparo de arma de fogo.
A Polícia acredita que ele foi executado no mesmo dia do seqüestro, há 109 dias. O corpo estava em avançada decomposição, o que impossibilitou a identificação pela arcada dentária e tornou necessário o exame de DNA.
MOTIVOS
A Polícia continua trabalhando com a hipótese de seqüestro seguido de homicídio motivado por vingança, embora os quatro suspeitos presos se neguem a falar sobre o crime.
Os criminosos teriam planejado assaltar a casa de Vande imaginando encontrar muito dinheiro, já que teriam ouvido falar que Vande guardava grandes somas de dinheiro em casa. Dois moradores do bairro São Cristóvão, de Três Barras, conheceram quatro criminosos de Curitiba por meio de uma mulher, amásia de um deles.
Os paranaenses estariam interessados no dinheiro e os tresbarrenses estariam interessados em vingança já que teriam sido coagidos por Vande a pagar uma dívida.
Inicialmente, o plano da quadrilha teria sido apenas roubar e dar um susto em Vande, mas o empresário teria reconhecido os criminosos de quem era credor.
Assustados, os criminosos teriam resolvido seqüestrar Vande, levando-o na própria caminhonete.
FORAGIDOS
Um dos foragidos que já teve sua prisão decretada é Júlio César de Oliveira e seria professor de capoeira no Paraná. Um menor de idade também de Curitiba, teria participado do assalto e do seqüestro, mas sua identidade não é conhecida pela Polícia.
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