Dona de Casa canoinhense passou momentos de terror na segunda-feira, 26
CANOINHAS - A Polícia Militar de Canoinhas alertou a população esta semana para o fato de que criminosos voltaram a aplicar o golpe do falso seqüestro em Canoinhas.
Ao meio-dia de segunda-feira, 26, na localidade de Barreiros, uma dona de casa recebeu um telefonema de supostos seqüestradores que diziam estar com sua filha, que supostamente teria sido seqüestrada. Para soltá-la, eles exigiam a transferência de determinada quantia em dinheiro para uma conta que seria informada. A dona de casa desconfiou e chamou a Polícia, que certificou tratar-se de um golpe. No ano passado, pelo menos três pessoas foram vítimas da mesma tentativa de golpe em Canoinhas.
Nas grandes cidades, se detectou uma "epidemia de falsos seqüestros", em que o crime é forjado por telefone e exigido pagamento de resgate. O aumento de casos levou a polícia a preparar uma cartilha para orientar os cidadãos sobre como agir nestas situações. "Ao receber um telefonema como esse, é importante não se desesperar", diz o delegado Ricardo Hallak. Nas ligações mais recentes, os bandidos têm simulado o seqüestro usando alguém chorando, do outro lado da linha.
Hallak diz que a pessoa que recebe este tipo de telefonema não deve dar qualquer informação pelo telefone. Deve-se desligar e procurar localizar o parente que esteja fora de casa. Depois, é fundamental ir a uma delegacia fazer o registro, para que a polícia possa investigar.
O delegado diz que se deve procurar a delegacia, mesmo que a extorsão não se configure (quando se desliga o telefone antes do pedido de dinheiro, jóias ou créditos de celular). Com uma medida judicial, a polícia pode conseguir das operadoras de telefonia a relação das chamadas não identificadas, o que vai auxiliar nas investigações.
Crime começou dentro dos presídios
O crime de extorsão telefônica simulando seqüestro começou a ser praticado principalmente por presos, usando telefones celulares que entram ilegalmente nas carceragens. A princípio, os criminosos ligavam já tendo informações sobre as vítimas. Há cerca de três meses, no entanto, a tática do choro passou a ser a mais utilizada.
?Os bandidos constataram que era fácil cometer esse crime e, agora, sequer buscam informações sobre as vítimas. Pegam um prefixo de telefone e vão discando?, alerta Hallak.
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