Assassinato chocou pela violência

CANOINHAS ? A cena que moradores do bairro Campo d?Água Verde testemunharam na noite de terça-feira, 20, pode ser facilmente confundida com o cotidiano das regiões mais perigosas das grandes cidades.

Por volta das 22 horas, dois homens armados com facas e paus, invadiram a casa da namorada do mecânico José Carlos Dedeski, 32 anos, na rua Miguel Schiessl Sobrinho, que faz esquina com a rua Otávio Tabalipa, famosa por um passado de violência. À base de pontapés e pauladas, os assassinos tiraram Desdeski de dentro de casa e na frente da residência da namorada Viviani Aparecida Ribeiro de Melo, onde estavam também a mãe de Viviani e sua filha, a dupla, com a ajuda de outros três homens, assassinou Dedeski com pauladas e duas perfurações no abdômen, provavelmente provocadas por faca.

A Polícia e o Corpo de Bombeiros foram chamados imediatamente, mas ninguém pode fazer nada. Dedeski já estava morto e os assassinos haviam fugido.

 

DOR E MEDO

 

A família de Viviani não quis esperar o dia amanhecer para se proteger. Ainda de madrugada, deixou a casa e se refugiou na residência de parentes, na Vila Zaniolo.

Elas temem retaliação pelo fato de terem delatado os supostos assassinos. Como um dos homens que invadiu a casa não usava proteção no rosto, Viviani diz que pode identificá-lo e entregá-lo a Polícia.

De acordo com Viviani, o crime foi motivado pelo simples fato de que Dedeski negou um cigarro a um dos assassinos minutos antes de ser morto.

A Polícia acredita que outros motivos tenham provocado o assassinato.

Até ontem, nenhum dos acusados havia sido preso. A Polícia Civil segue investigando.

Dedeski foi velado na capela mortuária da Igreja São Francisco e enterrado no fim da tarde de quarta-feira, 21.