Promotores alertaram que vão impetrar ação civil pública se Unidade for inaugurada sem itens essenciais de segurança

Edinei Wassoaski

CANOINHAS
 
O Ministério Público vistoriou no fim da tarde de ontem as obras da Unidade Prisional Avançada (UPA) de Canoinhas. A falta de itens de segurança foi o principal obstáculo apontado pelos promotores de Justiça para que a obra seja inaugurada. O governador Luiz Henrique (PMDB) agendou para o dia 1.º de março passagem por Canoinhas na qual pretende inaugurar a UPA. “Se não estiver apta a receber presidiários, entraremos com ação civil pública”, deixou claro o promotor Márcio Cota.
A vistoria foi acompanhada pelo secretário regional Edmilson Verka (PSDB), vice-prefeito Beto Faria (PMDB) e representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e do Conselho da Comunidade.
Os promotores apontaram para a falta de itens essenciais de segurança como câmeras de vigilância no espaço reservado para o banho de sol e a falta de segurança no parlatório (local onde os presos terão contato com os advogados).
O Ministério Público cobrou ainda equipamentos básicos como computadores e telefones. Segundo o gerente da UPA Canoinhas, Elton Neuman, a central telefônica deve ser instalada nos próximos dias. Dois computadores foram garantidos pelo Departamento de Administração Prisional de SC (Deap) e outros dois serão doados pelo Conselho da Comunidade.
O Ministério Público deve emitir um parecer sobre a UPA nos próximos dias.
Verka lembrou que embora a visita do governador esteja pré-agendada para 1.º de março, não significa que a UPA deva ser inaugurada nesta data.
LHS renuncia ao cargo no final de março para concorrer a uma vaga no Senado. Leonel Pavan (PSDB), vice de LHS, deve assumir o cargo.
 
ESTRUTURA
 
A UPA de Canoinhas tem espaço para 70 presos. As celas comportam até oito detentos. Há ainda uma solitária, espaço para banho de sol, cozinha, ambulatório, parlatório, além das salas administrativas.
Se todos os presidiários da Comarca, que hoje estão detidos no Presídio Regional de Mafra, forem transferidos para Canoinhas, a UPA já começa superlotada. Cerca de 120 dos 300 presos em Mafra são da Comarca de Canoinhas.