Quadrilha é acusada de atuar com a participação de ?laranjas? e sonegar imposto ao Paraná
Gracieli Polak
COM AGÊNCIAS
A Operação Fumo, realizada no domingo, 20, cumpriu 11 mandatos de prisão temporária e 29 mandatos de busca e apreensão
A quadrilha, que atuava sob o comando de Darci Furtado, ex-prefeito da cidade de Campo Erê, no oeste do Estado, segundo o Núcleo de Repressão a Crimes Econômicos (Nurce), da Polícia Civil do Paraná, causou um prejuízo de cerca de R$ 50 milhões aos cofres do Estado paranaense, desde 2002, quando começou a atuar na região. O esquema, que funcionava por meio de ?laranjas?, tinha representantes em todo o complexo do fumo, que compreende o sul do Paraná e o norte de Santa Catarina. Foram realizadas prisões nas cidades paranaenses de Barracão, Guarapuava, Rio Azul, União da Vitória e São Mateus do Sul, além das realizadas
Em Canoinhas foi preso Lindomar Reges Furtado, 28 anos, filho de Darci Furtado. Lindomar tem uma empresa em seu nome na cidade de Rio Azul, sul do Paraná, que foi cancelada pelo Fisco por falta de funcionamento. No entanto, o funcionamento da empresa foi intenso, mas a movimentação não foi declarada. Segundo informações da Polícia Civil, o acusado é dono de um patrimônio considerável, mas sua declaração de renda não corresponde.
COMO FUNCIONAVA O ESQUEMA
A quadrilha, liderada por Darci Furtado, abria pequenas empresas a cada início de safra do fumo, que fechava no meio do ano, período em que o volume de negociação do produto se tornava baixo. Por meio de ?laranjas?, pessoas sem patrimônio que passavam a atuar na negociação do fumo, as folhas eram compradas no Paraná, sem nota fiscal e vendidas para fábricas derivados de fumo, localizadas, principalmente, no Rio Grande do Sul.
Com a quadrilha foram apreendidos carros e caminhões, talões de cheques, dinheiro, computadores, documentos e blocos de notas. Darci Furtado, chefe do esquema, ainda está foragido.
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