Crimes vão desde corte até fabricação de carvão vegetal a partir de madeira nativa

CANOINHAS ? Uma mega-operação empreendida pela Polícia Ambiental de Canoinhas com apoio do Grupamento aéreo da Polícia Militar, na quinta-feira, 11, resultou na identificação de 94 pontos de crimes ambientais em Itaiópolis e Mafra.

Os crimes remetem a corte, queima, supressão de vegetação nativa, depósito de lenha de essência nativa para a secagem de fumo e cereais e fabricação de carvão vegetal, bem como áreas de extração mineral - pedra e seixo.

De acordo com o 1.o tenente Walmiran Andrade Roslindo, comandante do 12.o Pelotão da Polícia Ambiental de Canoinhas, os crimes foram comprovados por meio de levantamento fotográfico e localização geográfica (GPS).

Ainda não se sabe a extensão dos crimes. Um levantamento in loco está sendo feito para que os danos sejam mensurados.

Assim que a Polícia Ambiental obtiver estes dados, será estabelecida multa aos infratores, que até agora não foram identificados. Em seguida, os responsáveis pelos danos serão intimados, autuados e deverão responder processo por crime ambiental. Quem decide pelo processo é o Ministério Público Estadual, que receberá a denúncia da Polícia Ambiental. Há a possibilidade de ser acertado um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) para reparação dos danos. 

 

MAIOR FLAGRANTE DE 2006 AINDA É OBSCURO

 

Ainda não se sabe exatamente a extensão do dano ambiental causado pelo desmatamento de 20 hectares de madeira nativa, flagrado pela Polícia Ambiental em dezembro passado. O coordenador regional da Fatma, Régines Roeder, que deveria apresentar um relatório sobre o flagrante 30 dias depois da ocorrência, está em férias, e volta ao trabalho na próxima semana. Nenhum funcionário da instituição tem conhecimento do flagrante.