Militares dizem que Polícia Civil levou o mérito pela prisão, mas PM participou ativamente

CANOINHAS - A Associação dos Praças de Santa Catarina (Aprasc) reclamou da repercussão da prisão do canoinhense Oscar Gonçalves do Rosário, que culminou no término do inquérito que apurou a morte da  pequena Gabrielli Cristina Eichholz, de um ano e meio, com requintes de crueldade.

 O policial militar Aldo Jaison Souza, lotado em Joinville, teria sido peça fundamental para localizar o suspeito, no entanto, a Polícia Civil levou o mérito pela prisão.
Aldo fez um relatório e entregou para o comando do 8º Batalhão da PM.
?Estranho é o comando não se pronunciar sobre o assunto?, disse o vice-presidente da Aprasc/Norte, soldado Elisandro Lotin de Souza a reportagem do jornal Diário Catarinense.
Segundo o soldado, a Polícia Militar, enquanto instituição, tem sido alvo de críticas na mídia, quando existem denúncias de agressões e abuso de poder. ?Mas quando é para enaltecer, ninguém fala nada?, avaliou.
 O comandante do 8º BPM, capitão Eduardo Luiz do Valles, limitou-se a confirmar a colaboração da PM nas investigações. O delegado regional de Joinville, Dirceu Silveira Júnior, também reconhece a contribuição da PM, mas não afirma que as informações do policial Jaison foram fundamentais.
?Trabalhamos com informações. A PM também colaborou, mas recebemos informações da comunidade, de proprietários de comércio e lanchonetes também?, afirmou Silveira.
Ao chefe do Estado-Maior do CPNorte, tenente-coronel Calixto Antônio Fachini, o delegado regional disse que os dados repassados pela PM ratificaram uma informação que a Polícia Civil já tinha.
Segundo relatório do policial Jaison, um dia depois da morte de Gabrielli, ele já havia identificado o homem que foi preso, acusado pelo assassinato.

 

POPULARES VISITAM TÚMULO DE GABRIELLI

 

Diariamente a sepultura da pequena Gabrielli é visitada por populares que não se conformam com a forma brutal com a qual a menina foi assassinada por Oscar no dia 3 de março. O coveiro do cemitério conta que pelo menos umas quatro pessoas perguntam todos os dias pela sepultura da menina, fora as que vão direto ao túmulo. Flores, bonecas e cartões deixados pelos visitantes, tomam conta do pequeno túmulo. A mãe da menina ainda não visitou o túmulo por dizer que lhe falta coragem. Ela pretende, no entanto, visitar o cemitério nos próximos dias.