O Sport vai pedir formalmente ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE) que seja instaurado um inquérito para apurar a invasão ao seu centro de treinamento. Isso ocorreu, quarta-feira, quando perto de 50 torcedores adentraram as dependências de forma agressiva, fazendo ameaças e intimidações contra atletas, membros da comissão técnica e funcionários. A ação foi confirmada por Ademar Rigueira, advogado e presidente do conselho deliberativo do clube.
Rigueira afirmou que o clube "vai representar para o Ministério Público instaurar inquérito e apurar os crimes cometidos: de ameaça, invasão, dano, isso tudo vai ser apurado. O clube pretende ir até as últimas consequências". Até o início da tarde desta quinta-feira, não havia sido registrado um boletim de ocorrência (B.O), mas isso seria feito, segundo o dirigente.
À parte disso, o clube está reunindo informações para identificar os responsáveis diretos e indiretos pela invasão - incluindo quem estimulou o ato. Há imagens em vídeos e fotografias. A investigação poderá enquadrar crimes como "invasão de propriedade" (art. 150 do Código Penal) e "ameaça" (art. 147), com penas previstas entre um e seis meses de prisão, além de multa.
Em relação ao atacante Pablo, que foi alvo de tapa e puxão, a diretoria avalia se pedirá punição por tentativa de agressão. O clube também planeja reforçar a segurança no Centro de Treinamento "José de Andrade Médicis".
Segundo a direção, esta ação dos torcedores atrapalhou, pelo menos, duas negociações por reforços. A pedido da comissão técnica, o clube procura um defensor e um atacante.
A situação do Sport na tabela de classificação é crítica. Em 12 jogos somou apenas três pontos, frutos de três empates e nove derrotas. É o único time que ainda não venceu no Brasileirão. Na última rodada perdeu por 2 a 0 para o Juventude, em Caxias do Sul (RS) e, agora, vai tentar a reabilitação diante do Cruzeiro no próximo domingo, às 16 horas, no Mineirão, pela 15ª rodada.
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