Em Canoinhas, preço do litro chega a R$ 1,76
CANOINHAS - O preço do álcool continua a subir. Em alguns postos onde, até ontem, o litro do combustível era vendido por R$ 1,49, hoje já se cobra R$1,72. Ou seja, R$ 0,23 a mais, um reajuste de 13,62%. A justificativa dada por muitos empresários é que esse aumento seria cíclico - vem dos usineiros (devido à entressafra) para as companhias, destas para os postos e, ?como conseqüência?, chega ao consumidor.
No entanto, há controvérsias. Como explica o economista Sandro Silva, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) do Paraná, muitas são as variáveis que influenciam no preço dos combustíveis: ?Principalmente o álcool que não tem o controle efetivo do governo, pois depende da cotação da cana-de-açucar, do preço cobrado pelas usinas e pelos postos?.
CANOINHAS
Em Canoinhas, alguns postos chegam a cobrar R$ 1,76 pelo litro de álcool. A variação de preço entre seis postos da cidade dá uma diferença de R$ 0,08. Os preços variam entre R$ 1,67 e R$ 1,76 por litro.
De acordo com o superintendente da Alcopar, quando a explicação para a alta no preço do combustível recai exclusivamente sobre o reajuste repassado pelos produtores, devido à entressafra, a informação não é verdadeira. Segundo Dias, basta acompanhar os indicadores da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e do Departamento de Economia Rural (Deral), disponíveis no site da Alcopar. ?De 26 de dezembro até o último dia 5, o preço do álcool hidradato subiu de R$ 843,95 a R$ 896,91, considerando o metro cúbico (mil litros). Isto significa um reajuste de 6%. Se na usina subiu 6% e nos postos subiu mais de 10%, o lucro que eles estão tirando é um absurdo. É natural que toda produção, na entressafra, tende a aumentar o preço, é a lei de oferta e procura, mas trata-se de um reajuste normal e não absurdo como vem ocorrendo?, critica.
Como conclui Dias, tais repasses ao consumidor não aconteceriam se: ?Primeiro, as companhias, postos, mantivessem um estoque - ao contrário, eles acabam repondo duas ou três vezes na semana, para não carregar estoque porque tem custo; segundo, se a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) fosse aplicada, entre outras finalidades previstas em lei, na criação de estoque pelo Governo, o que não ocorre até hoje, isso também não aconteceria?.
Gasolina
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