Merlim Miriane Malacoski conseguiu a façanha de figurar entre os melhores da região Sul

Edinei Wassoaski MAJOR VIEIRA Merlim Miriane Malacoski é só sorrisos desde que descobriu que é uma das seis melhores estudantes do Ensino Médio no Estado, pelo menos em se tratando de Língua Portuguesa. Estudante da 2.ª série da E.E.B. Luiz Davet, de Major Vieira, Merlim embarca segunda-feira, 17, para São Paulo-SP, a fim de participar durante três dias da classificatória regional ? que inclui os três Estados do Sul ? da 1.ª Olimpíada da Língua Portuguesa, organizada pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC), com patrocínio da Fundação Itaú. Como é estudante do Ensino Médio, Merlim deve escrever um novo artigo ? para cada faixa etária a atividade é diferente. Caso se destaque entre 500 estudantes de todo o Brasil, Merlim vai para final entre 150 classificados, que acontece em Brasília-DF. A vitória na final nacional pode trazer um laboratório de informática para a escola do vencedor, que ainda ganha um computador e impressora exclusivamente para ele. Para Merlim, chegar entre os semifinalistas, no entanto, já é uma vitória. Foram três etapas ? escola, município e Estado ? até chegar a fase regional. O LUGAR ONDE VIVO A proposta do MEC é de que os estudantes desenvolvessem o gosto pela língua portuguesa por meio de textos que refletissem sua realidade. Por isso, o tema proposto aos estudantes foi ?O lugar onde vivo?. ?Logo quando recebi a idéia, pensei em falar sobre fumo, então comecei a analisar os prós e os contras e acabei escrevendo?, conta Merlim (leia artigo ao lado). O pai, Mário Malacoski, foi quem ajudou a filha a optar pelo tema. Agricultor, Mário não trabalha com fumo. ?Planto grãos, geralmente?, conta. Orgulhoso, Mário brinca com a filha, que está nervosa por viajar pela primeira vez de avião. Merlim confessa que embora tenha ido tão longe na Olimpíada da Língua Portuguesa, o que gosta mesmo é de Matemática, tanto que nas duas últimas Olimpíadas da disciplina, recebeu menção honrosa. Sobre o artigo que terá de escrever em São Paulo, está em dúvida. ?Estou dividida entre falar sobre a influência da mídia no padrão de beleza e a influência da propaganda no consumo de bebidas alcoólicas?, conta. Merlim foi orientada pela professora Soleima de Oliveira, mas como a professora está de licença médica, quem acompanhará Merlim em São Paulo é outro professor de Língua Portuguesa, Henrique Alves de Lima. O professor explica que toda escola trabalhou textos para a Olimpíada, com destaque para a turma de Merlim, de onde saíram os textos mais surpreendentes. Ele conta que para ensinar aos alunos o processo de produção de um artigo foram utilizados vários recortes de jornais, boa parte do Correio do Norte. ?A classificação da Merlim destaca a qualidade de ensino que nossos alunos recebem?, destaca Lima.